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“Não entendo o motivo desses sobrevoos de helicóptero. Nossa cidade é pequena e as pessoas ficam assustadas com isso”. Ivanor Dacheri, prefeito de General Carneiro | Henry Mileo / Gazeta do Povo
“Não entendo o motivo desses sobrevoos de helicóptero. Nossa cidade é pequena e as pessoas ficam assustadas com isso”. Ivanor Dacheri, prefeito de General Carneiro| Foto: Henry Mileo / Gazeta do Povo

General Carneiro, cidade de 14,5 mil habitantes no Sul do Paraná, vive em torno da cultura da madeira. Já na entrada, o Monumento ao Pioneiro ostenta uma enorme tora com o nome da cidade entalhado. É impossível chegar ao município sem perceber a faixa contínua de pinheirais, que mancham a paisagem de verde escuro e embelezam a beira da estrada. São quilômetros de mata, a maioria em morros. Mesmo com o empecilho da topografia, já existem trechos em que plantações de pínus escalam a montanha e se entranham na mata nativa.

A região de General Carneiro já ganhou as páginas de jornais mais de uma vez por razões ligadas ao desmatamento. Os dados mais recentes do Atlas de Remanescentes da Mata Atlântica apontam que a cidade e as vizinhas Bituruna e Coronel Domingos Soares estavam na lista das dez localidades no Brasil que mais dizimaram aquele tipo de vegetação nativa entre os anos de 2000 e 2005. Também na região, duas áreas que estavam selecionadas para virar parque foram devastadas – uma pela motosserra e outra pelo fogo, num incêndio supostamente criminoso.

Mesmo com a tentativa de voltar os olhos para o local, em função da nada honrosa posição no ranking de desmatamento, o que resta da mata nativa continuou sendo explorado. Com base no estudo de áreas prioritárias de preservação, a fiscalização passou a ser concentrada numa faixa de 1 milhão de hectares, que representam 5% do território paranaense. Diversos sobrevoos de helicópteros e operações em terra foram realizados desde setembro e confirmaram que o desmate ilegal não perdeu força. (KB)

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