Cinco novos suspeitos são interrogados por mortes de agentes penitenciários

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Cinco homens que estavam foragidos da Justiça foram interrogados na Delegacia de Homicídios de Curitiba na tarde desta terça-feira (2). Eles são suspeitos de envolvimento em duas mortes e uma tentativa de assassinato contra agentes penitenciários. O delegado Rubens Recalcatti contou que todos os suspeitos foram localizados na capital. Depois do interrogatório, eles foram reencaminhados ao sistema prisional.

Oito homens foram presos pelos crimes contra os agentes nas últimas semanas, conforme informou a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) em nota nesta segunda (1º). "Foram encaminhadas à delegacia cerca de 15 pessoas a fim de serem interrogadas desde o início das investigações, entre elas estavam esses oito presos e mais os cinco que interrogamos hoje [terça-feira]", disse o delegado. De acordo com Recalcatti, a polícia segue em busca de novos suspeitos.

Apesar de a nota divulgada pela Sesp se referir às oito prisões como a solução dos três casos, a Delegacia de Homicídios afirma que os crimes estão sendo investigados separadamente. "Existem três inquéritos diferentes, claro que não descartamos uma possível ligação, mas a principal linha de investigação não aponta para isso", disse o delegado.

A motivação dos crimes ainda não está clara, como afirma Recalcatti. Para o delegado Cristiano Quintas, também da Homicídios, as mortes foram provocadas por desavenças pessoais dos agentes com presos.

Carros

A polícia confirmou que os dois carros encontrados queimados depois dos homicídios foram usados nos crimes, segundo Recalcatti. O Toyota Corolla usado pelos responsáveis por matar Valdeci Gonçalves da Silva, 35 anos, na Cidade Industrial de Curitiba, foi incendiado no bairro Tatuquara. Para matar o agente Wilmar Antônio Prestes da Silva, 47 anos, foi usado um SpaceFox prata, que foi queimado e encontrado em Pinhais, na Região Metrpolitana de Curitiba.

De acordo com Recalcatti, no dia do crime contra Valdeci, um outro veículo prateado foi visto dando cobertura. A polícia, no entanto, não confirmou se o carro era o SpaceFox usado no homicídio do Boa Vista. No crime contra Wilmar, um Gol branco também deu cobertura, mas o carro ainda não foi encontrado.

Os casos

Wilmar Prestes da Silva, 47 anos, foi morto em casa, no Boa Vista, no dia 18 de março. Ele tinha acabado de chegar de carro e ainda estava na garagem, quando dois homens invadiram a residência e começaram a atirar com pistolas 9 milímetros e ponto 40. A vítima trabalhava como agente havia 24 anos.

Valdeci Gonçalves da Silva, de 35 anos, foi assassinado com 11 tiros, na Cidade Industrial de Curitiba, na do dia 13 de março. Ele trabalhava como agente penitenciário na Colônia Penal Agrícola de Piraquara havia três meses. Conforme a Delegacia de Homicídios (DH), quatro homens armados com pistolas 9 milímetros e duas armas longas invadiram a residência da vítima e começaram a atirar.

A agente Neusa Bednarzuc, de 43 anos, foi atingida por um tiro, no dia 11, no Xaxim, em Curitiba, depois de reagir a um assalto. Por enquanto, o caso está sendo investigado como tentativa de roubo. Ela foi chamada para prestar depoimento, mas se recusou a ir à Delegacia de Homicídios, segundo o delegado Rubens Recalcatti.

Outro caso ocorreu no dia 25 de fevereiro, no Pilarzinho, quando o agente penitenciário Jair Dias foi atingido por um tiro, dentro da casa dele. Dois homens seriam os responsáveis pelo crime. Dias foi levado para o hospital e já se recuperou, segundo a polícia.