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O ex-presidente do Instituto Curitiba Informática (ICI) Jacskon Carvalho Leite disse nesta quinta-feira (3) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte público, da Câmara dos Vereadores de Curitiba, que o código-fonte do sistema de bilhetagem eletrônica dos ônibus não pertence à Urbs. Ele relatou que uma quantia a mais deveria ter sido paga para que o programa fosse comprado, mas que, à época, a empresa que administra os ônibus da capital relatou não ter dinheiro para bancar essa diferença.

A afirmação vai contra o que disse o ex-presidente da Urbs Marcos Isfer, no último dia 19, quando falou à CPI sobre o Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE). Isfer citou que "o código-fonte pertence à Urbs através do ICI [Instituto Curitiba Informática]". O que causa um impasse é o fato de o ICI ter subcontratado a empresa Datapron para desenvolver o sistema. Em agosto, a Urbs chegou a receber uma proposta de venda do sistema pela Datapron por R$ 4 milhões. A briga foi parar na Justiça depois que a negociação fracassou.

À CPI, Leite foi enfático ao dizer que a Urbs não tinha dinheiro na época para comprar o sistema. Os vereadores então perguntaram o motivo de a empresa Datapron ter sido escolhida, e não outra do mesmo ramo. "Na época, havia poucas [companhias] atuando no setor e o ICI fez uma avaliação que levou à Datapron, porque esta já conhecia a empresa e parecia ter vantagem em relação a outras empresas", respondeu.

O ex-presidente do ICI não especificou qual foi o valor que a Datapron cobraria a mais pela venda do código-fonte. Em quatro anos de contrato, a estimativa é de que a empresa recebeu mais de R$ 29 milhões. O ICI estaria ainda devendo R$ 4,4 milhões de parcelas não pagas.

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