Colega de cela é indiciado por morte de detento em Foz do Iguaçu

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Um dos colegas de cela do detento morto durante a última madrugada, na 6ª galeria do bloco 2 da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu (PEF II), foi autuado em flagrante e indiciado por homicídio nesta terça-feira (28). A suspeita inicial é de que o suposto autor tenha obrigado a vítima a ingerir uma mistura de água e cocaína. A confirmação deve acontecer somente com a chegada de exames que determinarão a causa da morte.

O anúncio foi feito pelo delegado Marcos Araguari, titular da Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso. "Temos indícios claros da participação desse detento na morte do colega de cela. Temos outros elementos que não podemos revelar agora, pois fazem parte do inquérito ainda em andamento que nos levam a essa certeza. Por isso, ele foi indiciado", disse.

O detento já foi ouvido e negou a autoria do homicídio. "Ele disse apenas que ingeriram cocaína, mas negou que tenha obrigado o companheiro a tomar a mistura (conhecida pelos detentos como Gatorade)". Após a revista realizada durante a madrugada pela tropa de choque da Polícia Militar, nenhum indício de drogas foi encontrado no local.

A vítima dividia a cela com outros sete presos. Desses, seis também já estão sendo ouvidos na delegacia. Hoje, a capacidade da PEF II é de 1070. A lotação é de 937. As celas comportam de seis a nove presos.

De acordo com o diretor da penitenciária Mozart David Zimmerman, o preso encontrado morto tinha 22 anos e bom comportamento carcerário. Cumpria pena pelo crime de tráfico de drogas. O acusado indiciado permanece na penitenciária.

O caso

Na madrugada desta terça-feira (28), um detento da PEF II foi encontrado morto em uma das galerias. O alerta veio no início da manhã com agitação de presos com gritos e chutes nas portas de aço. O tumulto impossibilitou comunicação com os agentes de plantão, e o Batalhão de Choque da PM foi chamado, a pedido do diretor da unidade.

Às 5 horas da manhã, uma revista estrutural no local foi realizada, retirando detentos e isolando a área. Durante a revista, o corpo de um detento de 22 anos foi encontrado. Segundo Zimmerman, não havia qualquer sinal de violência no corpo. "Nesses casos a gente não pode mexer no corpo, mas posso afirmar que o corpo não tinha nenhum sinal de violência ou ferimento aparente". A vítima fatal foi encaminhada ao Instituto Médico Legal. O resultado dos exames deve ser concluído em até 30 dias.