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Dilma Rousseff encontra-se numa ilha deserta. Andando pra lá e pra cá, num movimento peripatético em torno de uma palmeira, eis que ela avista uma garrafa se aproximando, na marolinha do oceano alhures. Com a saia até os joelhos, um pé na areia, outro na água, ela agarra a garrafa e, ao retirar a rolha, irrompe em meio à fumaceira o Gênio da Lâmpada.

Como se sabe, os gênios são espíritos que têm poderes sobrenaturais e aparecem em diversas formas e tamanhos. Podem ser bons ou maus, dependendo de seu mestre. Atualmente vivem confinados em garrafas vazias ou nas lâmpadas de Aladim, hoje fora de uso.

“Mestre, faça três pedidos!” – saudou o Gênio, imediatamente voltando atrás quando viu com quem estava falando – “Presidente? O que a senhora está fazendo aqui nesse fim de mundo?”

“O que a presidenta está fazendo neste momento pouco me importa. Só sei que ela não está fazendo o que a guerrilheira Dilma Vana Rousseff desejaria fazer”

Com um olhar embaçado pelo desânimo, Dilma se recompõe do susto e responde num fiapo de voz: “Eu não sou eu!” – acrescentando, com o dedo em riste: “Quem está aqui é a Dilma Vana Rousseff! A presidenta está em Brasília tentando administrar o administrável, engolindo sapos, amestrando serpentes!” “Como assim? Se eu estou enxergando a presidente eleita do Brasil em carne e osso? Um pouco mais magra, é verdade, mas é a própria!”

A náufraga ergue os braços em direção ao céu e viaja em volta de si: “Estou aprendendo a falar em javanês. Porque em português parece que ninguém me entende! Aqui nesta ilha deserta quem está é uma mulher mais solitária que o Robinson Crusoé sem o Sexta-Feira. Abandonada pela base aliada, desprezada pelos ministros, menosprezada pelos companheiros de partido. Até o amigo Lula tem me dado as costas quando mais preciso. Por todos os quadrantes que se olhe, eu estou sozinha!”

“Se a senhora tem esse dom da ubiquidade” – continuou o Gênio – “o que a presidente deve estar fazendo neste momento no Palácio do Planalto, sendo que a mulher encontra-se assim excluída, desterrada numa ilha deserta?” Dilma folheia o dicionário de javanês antes de responder: “O que a presidenta está fazendo neste momento, submissa aos vendilhões da pátria, pouco me importa. Só sei que ela não está fazendo o que a guerrilheira Dilma Vana Rousseff desejaria fazer se estivesse com a caneta na mão...”

“Mestra, se me permite tratá-la assim, faça três pedidos que eles serão prontamente atendidos!” “Qualquer pedido?” “Sim! Para o bem ou para o mal, qualquer pedido. Nós, Gênios, nascemos 2 mil anos antes de Adão e Eva. Dentro da hierarquia celeste, somos considerados iguais aos anjos. Podemos atuar como Gênios do Mal ou Gênios do Bem. O que a senhora prefere?” “Prefiro ser atendida pelo Gênio do Mal!” “Quais seriam, então, os seus três desejos malignos?”

“A cabeça de Sérgio Moro, o pescoço do Eduardo Cunha e, que se dane o regime, uma pizza calabresa!”

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