Vai ter Copa (e consultas de saúde)

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Pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) João Cândido, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, reclamam de que consultas agendadas para o período da Copa do Mundo foram remarcadas para até um mês após o Mundial. Um dos usuários da UBS, por exemplo, teve a consulta transferida de 17 de junho (data da partida entre Brasil e México) para 22 de julho (foto). No comprovante de agendamento, o motivo da mudança foi anotado à caneta: "Jogo Brasil". De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a transferência foi um equívoco cometido por funcionários da UBS.

Portaria

Para evitar situações como a da UBS João Cândido, a Secretaria Municipal de Saúde publicou no fim da tarde de ontem, no Diário Oficial do município, portaria que regulamenta o trabalho em todas as unidades da capital paranaense durante a Copa do Mundo. O documento determina que o expediente seja mantido normalmente nos dias de jogos em Curitiba e que, nas datas das partidas do Brasil, as unidades fechem apenas uma hora antes dos jogos. Nesses casos, segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a prioridade será adiantar as consultas. Em tempo: fechar a UBS apenas durante as partidas é uma coisa. Mas atrasar as consultas em mais de um mês, colocando em risco alguns pacientes, é outra.

Vale a pena protestar

Henry Milleo/Gazeta do Povo

No último domingo, a coluna falou sobre a onda de protestos contra a Copa e perguntou: ainda vale a pena reclamar ou essa grande mobilização deveria ter sido feita anos atrás, quando a candidatura do Brasil foi apresentada? Para o leitor Antônio Dilson Pereira, não há que se falar em indignação tardia. "Somente agora é que se tem ideia dos descalabros cometidos em nome da Copa no Brasil. Exigir que se protestasse quando o Brasil foi escolhido para o evento é querer demais de uma sociedade dominada pela propaganda enganosa. Além disso, a tônica é que não haveria recursos públicos envolvidos e o que se viu foi o desperdício desses recursos em obras superfaturadas." Essa também é a opinião do engenheiro civil Ricardo Fantini: "Se ficarmos quietos, com certeza o país parará com melhorias a partir de 14 de julho".

Pechincha aérea 1

Quem costuma viajar de avião já sabe: quanto antes comprar as passagens, mais baratas serão. A regra, no entanto, não se aplica para o período da Copa do Mundo – justamente ele, quem diria! No começo do mês, a Gazeta do Povo mostrou que o custo de um voo para as cidades-sede do mundial havia caído em média 25%, entre outubro do ano passado e março deste ano, segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Agora, às vésperas do início do torneio (em 12 de junho), as companhias aéreas estão apostando nas superpromoções de passagens.

Pechincha aérea 2

Nesta semana, uma passageira conseguiu garantir passagens de ida e volta para São Paulo, na semana de estreia do Mundial, por R$ 160. Não se sabe se essas promoções são resultado de bilhetes encalhados ou do aumento do número de voos autorizado pela Anac para o mês do torneio. No total, 16 mil voos foram alterados ou criados especialmente para o período, um aumento de 30% em relação aos 51 mil voos regulares para as 12 cidades da competição.

Colaborou: Fernanda Trisotto

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