Paulo Haus, o poliglota

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Paulo Haus era antigo e dedicado funcionário do Paraná Banco e fã de carteirinha do ator Anthony Quinn. Quando o ator mexicano, e grande estrela do cinema americano, veio a Curitiba filmar Oriundi, Paulo teve a chance de conhecê-lo pessoalmente. Coincidentemente, estava no andar térreo do banco quando Anthony Quinn chegou, acompanhado da esposa, da filha e de mais dois seguranças, para filmar algumas cenas rodadas na sala do presidente do banco, à época Joel Malucelli.

Solícito, Paulo fez as honras da casa e saudou o famoso personagem usando tudo que sabia de inglês: "Welcome, mister Quinn!" O ator agradeceu, em inglês, obviamente, mas o Paulo não entendeu nada, já que o sotaque do mister não era dos melhores. O nosso amigo Paulo conduziu a estrela até o elevador e gastou o resto do seu repertório: "Please, mister Quinn..."

O telefone de antigamente

No jantar oferecido pelos advogados Harry Françóia e Harry Françóia Junior, o Fernando Fontoura contou que pelos idos de 1945 os telefones de Curitiba só completavam ligações ao se fornecer o número à telefonista, e que elas não faziam ligações quando crianças tentavam se comunicar com alguém para evitar trotes.

Nessa época, segundo o presidente do Ciee, seu grupo de amigos, já rapazotes, ligava para um desmunhecado só para ouvir como ele atendia. Quando discavam 1160, ele dizia: "Unidade, Unidade, Meia dúzia, Nada! Jura ao fone!"

O nascimento de Jesus

Conta o Patricio Caldeira de Andrada: a senhora Eugenia Halinsk não perdeu a oportunidade para dar uma aula sobre o nascimento de Jesus Cristo para sua sobrinha Dayane Demeterco – que tinha 4 anos de idade à época – ao encontrá-la apreciando um lindo presépio que estava montado nas dependências da Igreja Ucraniana da Rua Martim Afonso. Boquiaberta com as lindas histórias, a pequena perguntou para a tia: "Como a senhora sabe tudo isso? A senhora por acaso viu o Jesus Cristo nascendo?"