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Cavala frita

Depois que elogiei a cavala preparada pelo primo Joel Malucelli e que era um peixe de couro, o Cristiano, filho do Joel e um exímio pescador, me presenteou com duas cavalas (que são de escamas) e uma garoupa de dois quilos. E fiz as cavalas fritas.

Corte em postas de dois dedos. Lave bem e enxugue, tempere com sal e suco de limão. Polvilhe com trigo – bem pouco para não fazer crosta. Se você comer pouco, como o Josino Rocha Loures, uma por pessoa é suficiente.

O segredo é na fritura. Bas­tante óleo de milho e fogo médio sem pressa, frite dos quatro lados deixando-os douradinhos. Retire com uma escumadeira e coloque-os sobre papel absorvente. O Altair Barranco preferia saboreá-la com um pão fresquinho e uma cerveja gelada, mas o médico Julio Gomel já gosta de uma salada mista, acompanhando um vinho branco seco.

O nosso amigo Nelson Penteado "Farofa" sempre traz uma história nova do bar Maneko's. Esta é do empresário imobiliário Péricles Augusto da Silva, mano dos irmãos romanos Marco Antonio, Julio Cesar e Claudio Vinicius.

Péricles estava no primeiro dia de aula na Escola Técnica Federal do Paraná e o professor Ernani Mansur Guérios pediu que cada aluno falasse seu nome. Quando chegou a vez do nosso amigo, o professor perguntou: "O senhor sabe quem foi Péricles?", referindo-se ao grande estadista grego. Ele imediatamente respondeu: "Foi o criador do Amigo da Onça!"

Dalton Trevisan

Anos atrás fui comprar garrafas numa fábrica na Rua Emiliano Perneta. Um dos vendedores era o Dalton Trevisan, filho do dono da fábrica.

Anos mais tarde, já lendo meus livros preferidos e trabalhando na Gazeta do Povo, o vi na redação. E o fotografei. Ele nem deu bola. Uns tempos depois, quando já trabalhava na TV Paranaense, encontrei-o na livraria Ghignone da Rua XV. Ele me reconheceu, pois o cumprimentei já sabendo de toda a sua fama. Ele me convidou para fazer um lanche na Confeitaria Cometa – eram umas 4 da tarde. Durante o papo, confessou que gostava muito de um filme de ficção que a tevê mostrava. Pagou a conta e fomos embora.

Dias depois, um colunista me ligou querendo alguma notícia social. Contei que o Dalton gostava de um filme de ficção. O repórter perguntou se eu tinha outra notícia. Contei que havia ido a um jantar de um cliente da tevê. Para infelicidade minha, o colunista ligou as duas notas, como se o Dalton também tivesse ido ao tal jantar.

Mais alguns dias, fui à Ghignone e dei de cara com o Dalton. Quis explicar o engano, mas ele resmungou e saiu embravecido, sem ouvir a minha explicação.

Agora, espero que ele saiba a verdade e me perdoe.

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