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Em 1992, o meu amigo Renato Adur, hoje editor de livros didáticos, era deputado estadual. Um dia, ao chegar à Assembleia Legislativa, encontrou um conhecido da região de Pitanga, Mato Rico e Palmital.

Era o agricultor Manoel Pedro, homem simples, lutador e eleitor do Adur. Manoel era dessas pessoas que falam alto, gesticula muito, com grande desinibição. Foi logo lembrando que sempre votava nele e que nunca havia pedido nada, mas que agora precisava da sua ajuda.

— Deputado, estou com um "pobreminha" — disse ali mesmo, no corredor, e falando alto, com muita gente por perto.

— Pois diga lá qual é o seu problema, meu caro.

— Deputado, estou com uma "ursa". Quero que me ajude!

De pronto, Adur chamou um assessor e deu ordens expressas para providenciar uma endoscopia para o Manoel Pedro. Pela desinibição do homem, juntou mais gente ao redor. Quando pensou que tinha resolvido todo o caso do Manoel, Adur ouviu:

— Deputado, tem mais um "pobreminha"!

— O que é?

— Tenho uma "herna" que preciso dar um jeito.

Adur mandou resolver e, novamente, antes de se despedir ouviu novo pedido:

— Tenho uma "sinusita" que me ataca "especiarmente" nos invernos.

Enfim, Adur achou que já tinha resolvido todos os "dodóis" do amigo e eleitor. Mas tinha mais:

— Deputado, tenho umas "variza" aqui que preciso tratar, pois de tardinha as pernas doem pra cachorro!

Adur não se aguentou e sussurrou no ouvido do seu Manoel algo que pôde ser ouvido pelo "grande público". Só o que se ouviu foi a gargalhada do espontâneo eleitor. O assessor ficou curioso em saber o que tinha feito o seu Manoel Pedro gargalhar e parar de pedir ajuda. Adur revelou ter perguntado o seguinte:

— Seo Manoel, o "trabuco" está funcionando? Se está, no resto nós damos um jeito...

O sonho do Nandeco

O meu amigo Epaminondas Faria de Macedo Filho, um dos integrantes da Confraria do Macedo, recentemente esteve hospitalizado e contou que, numa noite, sonhou com o João Deo Hifa, que apelidei de General, pois era parecidíssimo com o japonês que figurou no filme A Ponte do Rio Kuwait.

A história causou o maior sucesso, pois o Nandeco detalhou o sonho:

– Sonhei que o General estava me chamando. Dizia: venha, Nandeco... Venha...

Detalhe: o João morreu há algum tempo e só "aparece" na confraria graças a um retrato pendurado na parede.

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