Stica e a trança de alho

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O deputado Natálio Stica, no tempo em que era vice-presidente do Sindicato dos Petroleiros, fez uma viagem com alguns companheiros para participar de um congresso da classe. Depois de horas de viagem, pararam numa cidadezinha do interior de São Paulo para uma ligeira refeição. Era um misto de armazém e lanchonete. Stica encantou-se com uma trança de alho exposta: "Que coisa mais linda." Perguntou o preço e achou barato: R$ 800. Calculou pesar uns 500 gramas. Um terço do que custaria em Curitiba. O produto foi embrulhado e, quando sentiu que o alho era de isopor, "moitou". Vários outros também compraram, mas já sabendo que era enfeite.

Quando chegou em casa, trança exposta, seu sogro, Luiz Pinto, encantou-se com a beleza do alho e quis uma cabeça. Stica não teve tempo de avisar e o sogro cortou uma "cabeça". Stica não disse nada, só pensou: "Ainda bem que não fui só eu..."

Doutor Ribas e o bebum

Em 1964, o dr. Edgar Barbosa Ribas era médico do Samdu, um serviço medico federal que, inclusive, atendia em casa. Numa noite fria, o dr. Edgar estava de plantão e fortemente gripado, quando recebeu um pedido de socorro urgente de um homem, morador do Bacacheri. O posto do Samdu era na Rua Dom Pedro II, no Batel.

Foi lá de ambulância e viu que o caso não era grave, pois a esposa do senhor estava resfriada, e que seu esposo estava embriagado. Mesmo assim, receitou os remédios necessários e mandou comprar, isto por volta das 23 horas. O homem negou-se, dizendo que iria comprar no dia seguinte. "Não! O senhor tem de comprar hoje sem falta!", responde o dr. Ribas, já irritado com o bebum.

O homem alegou que ali por perto não tinha farmácia aberta aquela hora. "Não faz mal. Venha conosco na ambulância que te deixo na Praça Tiradentes, onde sempre tem uma de plantão", disse o dr. Ribas, que efetivamente o deixou defronte à Farmácia Stelfeld. O dr. Ribas sentiu-se vingado. Naquele tempo, para o Bacacheri só tinha bonde até as 23 horas e o homem teve de voltar a pé para casa.