A Catedral faz 120 anos

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Os leitores desta página sempre que podem estão colaborando para enriquecer a nossa história, principalmente com fotografias antigas que valorizam sobremaneira os fatos aqui narrados. Um desses colaboradores, sempre solerte, é o Paulo Affonso Grotzner que inúmeras vezes forneceu fotos e informações importantes, em um continuo interesse na preservação e, mesmo, em conhecimentos transferidos para a memória histórica de Curitiba e do Paraná.

Paulo Affonso já contribuiu para a Nostalgia com muitas fotos do nosso litoral, assim como com informações e também imagens da Serra do Mar e a Estrada de Ferro, onde trabalhou na antiga Rede Viação Paraná - Santa Catarina, como engenheiro. Agora ele nos brinda com uma raríssima fotografia da orquestra que foi formada para abrilhantar a inauguração da Catedral de Curitiba, no dia 7 de setembro de 1893, onde seu avô Johann Haupt, então jovem de 18 anos, aparece como violinista. Infelizmente não temos os nomes dos outros músicos para fazer o devido registro.

Quando do centenário da Catedral, em 1993, foi lançada a publicação com o titulo de "A Cruz do Alemão" de minha autoria, uma obra que necessitou de pesquisas feitas durante vinte e seis anos e impressa nas oficinas aqui da Gazeta do Povo com o patrocínio do nosso saudoso diretor e jornalista Francisco Cunha Pereira Filho.

"A Cruz do Alemão" narra à saga de Henrique Henning, o mestre de obras cujos conhecimentos permitiram que a então nova Matriz fosse erigida com solidez e segurança, após largo tempo, 17 anos, que perdurou a sua construção. O mestre Henning sofreu violento assassinato em 1894, na região de Cerro Azul, tendo sido decapitado e sua cabeça apresentada como prova de que a execução havia sido cumprida para o político que encomendara a execução.

A Catedral de Curitiba para este cronista tem importância na história da família. Em 1889 o seu avô, Marcos Giuseppe Destéfani, jovem de 26 anos chegou a trabalhar como ajudante na construção do templo, pouco tempo depois da inauguração do mesmo, ali realizou seu casamento com Marianna Muggiati, em 26 de outubro de 1893, sendo um de seus padrinhos o primeiro mestre de obras que trabalhou nas obras da futura Catedral, José Moreira de Freitas.

Com este breve texto agradeço ao Paulo Affonso Grotzner a sua colaboração, me dando também a oportunidade de prestar uma homenagem a nossa Catedral, assim como a alguns nomes que participaram em seu surgimento há 120 anos passados.