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A Praça Theodoro Bayma, na confluência das Ruas Emiliano Perneta e Dr. Pedrosa. Nesse local existiu o Mercadinho Provisório, que foi demolido em 1937. Alguns anciãos, que eram piás naquele tempo, ainda lembram do tal mercadinho |
A Praça Theodoro Bayma, na confluência das Ruas Emiliano Perneta e Dr. Pedrosa. Nesse local existiu o Mercadinho Provisório, que foi demolido em 1937. Alguns anciãos, que eram piás naquele tempo, ainda lembram do tal mercadinho| Foto:
  • A Praça Tiradentes, com sua Estação de bondes e com o terreno baldio onde foi demolido o antigo Banco do Brasil em 1942. Tem gente viva que viu
  • O Quartel do Corpo de Bombeiros na Rua Cândido Lopes, retirado em 1951 para dar lugar à construção da Biblioteca Pública
  • A Rua Dr. Murici em 1970, quando ainda tinha o seu calçamento em paralele­­pípe­­dos e depois capeado com asfalto. Quem viu lembra
  • Rua XV com a Barão do Rio Branco. O velho prédio do Clube Curitibano, demolido em meados da década de 1940 para dar lugar à nova sede, hoje propriedade particular
  • O prédio do Banco de Curitiba, na esquina das Marechais Deodoro e Floriano, demolido na década de 1960. Desapareceram ambos: o prédio e o Banco
  • Casa Paranista – arquitetura criada por artistas curitibanos –, ficava na Rua José Loureiro. Foi demolida num piscar de olhos para escapar de tombamento, na década de 1970

É uma experiência verdadeiramente intrigante a pessoa se encontrar num lugar em que nunca esteve e achar que já esteve ali, inclusive reconhecendo o am­­biente; ou então sentir que uma reunião em que está presente e ter certeza de que a mesma já ocorreu em tempos passados, incluindo saber o que vai ser tratado e conversado, como num replay intrigante.

A expressão é francesa: déjà vu! Que em português significa: já visto. Acredito mesmo que alguns dos nossos leitores, em alguma ocasião, devem ter sentido a sensação perturbadora de já ter vivido aquele momento e que não seria o caso de uma coincidência, coisa um tanto comum para quem viaja para o estrangeiro: Puxa vida! Em Tóquio vi um sujeito que era, sem tirar nem pôr, aquele advogado que frequenta a Boca Maldita. Não seria necessário pôr ou tirar, pois o sujeito era o próprio, flanando pelo Japão.

Há outra ocasião de alguém participar de um acontecimento e murmurar com seus botões: "Está acontecendo igualzinho a um sonho que tive em tempos passados". Conheço ainda um amigo que estava sentado à frente de um café, em Paris, quando ouviu em alto e bom som o seu nome ser chamado: Fulano de Tal! Por mais que procurasse quem o havia chamado, nunca o encontrou. Passou o resto da vida tentando adivinhar quem seria.

Aquele brado virou neurose. Até o final da vida o infeliz tentou em vão desvendar o seu misterioso conhecido.

As fotografias publicadas aqui na Nostalgia, todas antigas, não deixam de certa forma despertar nos leitores mais antigos a sensação do déjà vu, ruas, ca­­sas, edifícios e coisas que já su­­miram há muito tempo da paisagem urbana. Do mesmo jeito que se fica admirado pelas trans­­formações que acontecem por todos os cantos da cidade tendo brotadas despercebidas da nossa atenção.

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