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Pelo menos 140 cirurgias foram canceladas no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba por conta da greve dos funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que completou cinco dias. A paralisação começou na última segunda-feira e desde então foram realizados apenas 58 procedimentos cirúrgicos, quando a média normal seria de 200, segundo a assessoria do hospital.

Os procedimentos adiados serão reagendados após o término da greve. Na central de agendamento de consultas, dos 11 funcionários, apenas três estão trabalhando. O tempo estimado de espera nas filas é de duas horas. Esta espera, porém, já era normal antes da greve devido à demanda ser maior que a capacidade de atendimento, informou a assessoria do hospital.

O pronto-atendimento não está mais recebendo pacientes encaminhados pelos postos de saúde ou quem procura diretamente o HC. Só estão sendo atendidos pacientes que apresentam risco de morte.

Estudantes

A greve afeta também o dia-a-dia dos estudantes da UFPR. Com a adesão dos funcionários do Restaurante Universitário (RU) ao movimento, milhares de refeições deixam de ser servidas todos os dias. Para o estudante do último ano de Jornalismo, Alison Castro, que costumava pagar R$ 1,30 no RU para almoçar, a conta aumentou. "Agora gasto em média R$ 5 por dia. Ainda bem que meus pais me ajudam." O estudante diz que a falta de equipamentos também prejudica o andamento das aulas. "Muitos técnicos que aderiram à greve deixaram de nos entregar equipamentos como câmeras e tripés." Outro problema encontrado na Reitoria é o acesso à biblioteca, que também está paralisada. Alguns alunos que estão em fase de pré-banca estão tendo que utilizar os livros da Biblioteca Pública.

Os técnico-administrativos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), antigo Cefet, no câmpus de Campo Mourão, Centro-Oeste do estado, decidiram aderir ao movimento ontem. O servidores do câmpus Curitiba vão cruzar os braços na segunda-feira.

Os grevistas protestam contra o projeto que pretende desvincular os hospitais universitários (HUs) das universidades federais. Os HUs passariam a ser geridos por uma fundação estatal.

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