Com o fim do convênio com o Corpo de Bombeiros, o Instituto Médico Legal (IML) de Maringá trabalha abaixo do limite mínimo ideal de funcionários para prestar atendimento a 25 municípios da região. Até sexta-feira (25), os bombeiros recolhiam os corpos. A partir desta semana, o trabalho é desempenhado provisoriamente pelo auxiliar de necropsia de plantão, pois não há motoristas, na única viatura disponível. Para o chefe da unidade, o médico Aldo Pesarini, são necessários quatro motoristas e mais uma viatura para atender à demanda, que é, em média, de 25 atendimentos diários, entre necropsias e exames de corpo e delito.
Como não pode abrir mão de nenhum funcionário, o IML depende também da sorte para que o atendimento se mantenha estável. Pesarini conta que a situação já está desconfortável, porque quando o auxiliar de necropsia tem de ir recolher um corpo, os legistas realizam as necropsia e o exame de corpo e delito sozinhos. Desde sábado (19) até as 16h desta segunda-feira (28), o funcionário teve de recolher três corpos. Se o fim de semana anterior se repetisse, quando mais de dez homicídios foram registrados na região, a unidade não teria estrutura suficiente para atender. "O atendimento ficaria muito prejudicado", diz.
No total, o IML de Maringá conta com seis legistas, três auxiliares de necropsia e duas secretárias. Nenhum dos auxiliares mora em Maringá. Dois deles vivem em Curitiba e um em Pato Branco. Eles se alternam em plantões de dez dias cada, de modo que só há um deles trabalha diariamente na unidade. Quando os funcionários precisam tirar férias, a administração enfrenta dificuldades para achar substitutos para não prejudicar o atendimento à população. "Estamos trabalhando na tampa", comentou Pesarini. "Se alguém sair, a situação se complica."
O chefe do IML disse acreditar que o problema da falta de motoristas deve ser resolvido até o fim do Carnaval, quando deverá haver aumento do volume de trabalho. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), responsável pela contratação de mais funcionários nas unidades do IML, informou que o secretário, Reinaldo de Almeida César, está viajando e se reunindo com autoridades em todo o estado, a fim de identificar problemas e, então, investir nas soluções. Contudo, a assessoria de comunicação da Sesp não divulgou datas para resolver os problemas em Maringá.
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