• Carregando...

Uma das principais apostas do poder público para conter a degradação ambiental nos rios do Paraná é a criação dos comitês de bacia – instâncias deliberativas formadas por representantes do poder público e da sociedade civil para decidir ações de recuperação e conservação dos recursos hídricos. O trecho da Bacia do Iguaçu na região de Curitiba já tem um comitê e, até março, deve estar pronto um plano de uso dos rios da região, diz o presidente da Superintendência Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Darcy Deitos.

O plano vai indicar ações de recuperação ambiental. Os recursos serão obtidos a partir da cobrança pelo uso da água retirada dos rios da região por grandes empresas que a utilizam em seu processo industrial. "Quando toda a sociedade participa (do comitê), cada um fiscaliza o outro e as coisas começam a sair do papel", aposta o diretor de recursos hídricos da Suderhsa, Emílio Trevisan. Os comitês para o restante da bacia (Baixo e Médio Iguaçu) ainda estão em processo de criação.

O diretor de engenharia da Suderhsa, João Samek, diz que também é preciso conscientizar os produtores rurais para que adotem técnicas de uso do solo mais adequadas para evitar processos erosivos. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, diz que o ideal para o plantio seria o uso do terraceamento, técnica de plantação em curvas de nível. Segundo Rodrigues, a técnica é ainda mais eficiente que o plantio direto para reter água no solo e conter a perda de terra. Mas, em contrapartida, o sistema reduz o espaço para o plantio.

Rodrigues ainda diz que o estado está incentivando os produtores rurais a fazer a recomposição da mata ciliar, por meio da distribuição de mudas de árvores e de cercas para evitar que o gado avance sobre as margens do rio. Além disso, destaca o secretário, o governo também tem fiscalizado o cumprimento da lei que exige que as propriedades rurais tenham pelo menos 20% de sua área coberta por vegetação nativa. Na média, os produtores hoje já recuperaram 8%. Terão até 2018 para cumprir a legislação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]