Caso o ONS tivesse reduzido a geração de Itaipu e compensado com mais energia produzida por usinas termelétricas, isso teria custado aproximadamente R$ 600 milhões por mês aos consumidores. "Não faz sentido arcar com um custo tão grande para um risco tão pequeno'', avaliou Hermes Chipp, diretor-geral do órgão.Na audiência pública sobre as causas do blecaute do último dia 10, Chipp disse que, em 40 anos trabalhando no setor elétrico, nunca viu um acidente tão improvável segundo ele, três curto-circuitos quase simultâneos em uma mesma linha. Ele ratificou que as redes que ligam Itaipu ao Sudeste estavam operando dentro dos limites de segurança. Chipp descartou complemente a hipótese de o apagão ter sido causado por sabotagem.
As principais suposições para o triplo curto-circuito que causou o blecaute continuam sendo descarga elétrica ou falha nos isoladores das linhas, provocada por acúmulo de água. O ONS deverá entregar, até terça-feira da semana que vem, seu relatório sobre o apagão. Até o fim de fevereiro, a Aneel deverá concluir a sua fiscalização.
Recorde
O consumo brasileiro de energia bateu novo recorde na quarta-feira, ao atingir o pico de 66.777 megawatts (MW) às 15h29, segundo o boletim diário de operações do ONS. O recorde anterior havia sido estabelecido um dia antes, na terça-feira, com 66.272 MW às 14h42. Com grande influência das altas temperaturas, os volumes registrados esta semana superam o nível de consumo anterior à crise.
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