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Armarinhos Curitiba

Há seis anos, Sandra Mara Nascimento atende a velha-guarda – que ainda forra botões – e uma clientela nova, formada por estudantes de Design de Moda. Além da forração que parecia ter caído de moda, o estabelecimento vende zíperes em metro. Um achado.

- Onde fica: Travessa Tobias de Macedo, 109, loja 1, (41) 3224-1102.

- Desafio: experimente forrar os botões de uma roupa da qual você gosta. Cada unidade tamanho 20 sai por apenas R$ 0,30.

Casa de couros Schlenker e Cia. Ltda

Harved Schlenker, o proprietário, é não só um sobrevivente do comércio de couros em Curitiba como representante de uma estirpe de couristas. formada a partir do século 19. Couristas, hoje, são poucos. "O cara tem de conhecer pelo cheiro", avisa Harved.

- Onde fica: Travessa Alfredo Bufren, 41.

- A boa: levar um salto Luiz XV para casa, ao custo de R$ 3,90 a R$ 5,50, e iniciar-se na arte da sapataria.

Casa Alumínio

Malek Nader é dono do estabelecimento há 40 anos, mas o comércio teve origem em 1927, com a empresa alemã Schibler. O funcionário Pedro Petroski trabalha para a Alumínio há 53 anos. É prata da casa e tem um arsenal de piadas que faz muita gente se debruçar no balcão.

- Onde fica: Galeria Andrade, com saída para a Presidente Faria, próximo à Praça Santos Andrade.

- Experimente: comprar um regador em que planta não toma banho, só gente, com 11 litros, pela bagatela de R$ 21. Alfaiataria Riachuelo

Osvaldo Matter e o irmão Guilherme Filho mantêm intacto estabelecimento do Centro Velho de Curitiba, criado em 1932 para vender uniformes do Exército. O local, literalmente à moda antiga, caiu no gosto dos loucos por roupa camuflada.

- Onde fica: Rua Riachuelo, 266, (41) 3232-7775.

- Encomenda: um coturno de R$ 55 ou barganhe a capa de chuva que está no alto da parede, sem preço.

Loja Marisa

Magazine está instalada num dos melhores exemplares do art déco em Curitiba, linguagem arquitetônica que vigorou na virada do século 19 para o 20. Escadaria de madeira adornada, vitral, colunas e lustres com 25 velas cada foram reconstruídos depois de um incêndio, nos anos 90.

- Onde fica: Rua XV de Novembro, 245.

- Não se intimide: entre, sente-se na escadaria e banque o turista. Tire uma foto.

Banca de revista

Edinelson Domahovski morou na Polônia quando era adolescente e descobriu que seus antepassados eram mestres em artes gráficas. E dá-lhe comprar cartazes poloneses. De volta para casa, tornou-se um vendedor de revistas e de pôsteres.

- Onde fica: esquina da Rua XV de Novembro com a Travessa Oliveira Belo, (41) 3232-7424.

- Obrigatório: Comprar um dos cartazes poloneses que Domahovski encomenda a cada vez que descobre que alguém está de malas prontas para Cracóvia ou Varsóvia. Investimento: R$ 50.

Galeria do Disco

Ivone de Lima tem 20 anos de janela como negociadora de discos raros. Atende causas impossíveis. Sua especialidade são orquestras das quais só confrarias secretas parecem saber a existência, como Paul Weston e George Melachrino.

- Onde fica: Galeria do Comércio, 333, loja 20, (41) 3222-9138.

- Fetiche: caso não tenha R$ 40 no bolso, prenda no peito o LP Beatles 65 e lembre que esse disco já era estéreo quando o Brasil era mono.

Alfaiataria Saldanha

Orestes Pesch e Rafael Handocha são alfaiates de origem ucraniana, nascidos em Paulo de Frontin, e há 40 anos trabalham no Centro Velho. "Somos os mais antigos da quadra", gabam-se os veteranos. Não lamentam a era dos prêt-à-porter. "Tem sempre quem queira um terno bem cortado", avisam.

- Onde fica: Rua Saldanha Marinho, 525, (41) 3232-6921.

- Bagatela: pague R$ 5 numa bainha. Bote a cara-de-pau e peça para dar uma espiada no arquivo de clientes.

Loja Arte Nossa

Kamila de Oliveira, a vendedora, é sincera: não imaginava, a princípio, tantos bons artesãos no Paraná. Hoje, fala deles como de velhos conhecidos. Aproveite as dicas sobre a lepeanka – uma marchetaria polonesa.

- Onde fica: Rua Cruz Machado, 64.

- Para ganhar o dia: compre uma panela de barro por R$ 35. Ou um ímã de geladeira por R$ 3.

PONTO FINAL: Praça Tiradentes.

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