Conflito entre partidos afeta gestão da RMC

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Na região de Curitiba, quando há partidos ou coligações diferentes no município e estado, fica nítida a falta de integração política. Até o meio do ano passado, quando o atual senador Roberto Requião (PMDB) era governador, a prefeitura de Curitiba e a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) viveram em constante conflito. Um exemplo disso foi a inauguração do Terminal do Guaraituba, em Colombo. O espaço passou meses sem uso em razão da falta de acordo entre Urbs (que gerencia o transporte coletivo) e Comec (que bancou a obra).

O planejamento da região metropolitana deveria ser implantado de forma contínua, mas não é o que vem ocorrendo. "Agora, temos reuniões e o objetivo é que tudo seja discutido em comum acordo com a prefeitura de Curitiba e os demais prefeitos da RMC", diz o diretor-presidente da Comec, Gil Polidoro. Supervisor de planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Ricardo de Almeida Bindo também vê a interferência política como negativa. "A necessidade deve ultrapassar as divergências políticas, desde que as duas cidades ganhem com as obras", diz.

Atualmente, tanto a Comec quanto o Ippuc citam obras relativas ao PAC da Copa como fundamentais para a integração. É o caso do corredor metropolitano e da reforma da Avenida das Torres. A extensão da Linha Verde para o Sul até Fazenda Rio Grande e para o Norte até a Estrada da Ribeira, ligando capital e Colombo, também são opções consideradas positivas. Polidoro argumenta que o futuro prevê integrações entre diferentes modais. "Não dá para pensar somente no transporte de passageiros ou na circulação viária", diz.

Para tirar os projetos efetivamente do papel, Bindo defende uma triangulação entre Comec e municípios interessados, colocando a prefeitura de Curitiba à disposição em eventuais necessidades. "Podemos participar inclusive com auxílio técnico caso a obra não seja em nosso território", diz.