Brasília, (Folhapress) O Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem, por 9 votos a 5, o relatório do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) que recomenda o arquivamento do processo contra o deputado Pedro Henry (PP-MT) por quebra de decoro parlamentar.
Ex-líder do PP, Henry foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos responsáveis pela distribuição do mensalão e por oferecer compensações para que deputados trocassem de partido.
Na semana passada, os membros do Conselho rejeitaram o parecer do primeiro relator do processo, deputado Orlando Fantazzini (PSol-SP), que recomendava a cassação do parlamentar.
Votaram ontem pelo arquivamento do processo os deputados Ângela Guadagnin (PT-SP), Jairo Carneiro (PFL-BA), Edmar Moreira (PFL-MG), Fernando de Fabinho (PFL-BA), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Bosco Costa (PSDB-SE), Benedito de Lira (PP-AL), Sandes Júnior (PP-GO) e Josías Quintal (PSB-RJ).
Os deputados Chico Alencar (PSol-RJ), Orlando Fantazzini (PSol-SP), Ann Pontes (PMDB-PA), Nelson Trad (PMDB-MS) e Júlio Delgado (PSB-MG) votaram contra o arquivamento.
Apesar de absolvido, Henry não se mostrou satisfeito com o resultado. "Este foi o pior episódio que tive em toda minha vida pública. Um calvário de nove meses", afirmou.
O deputado ainda criticou o primeiro relator do processo. "Não posso falar bem de Fantazzini. O relator ficou envaidecido pelas luzes, pelos holofotes da imprensa. Todos os dias me hostilizando ou ironizando o caso."
Apesar das declarações, Henry disse que não vai processar Fantazzini e que não vai trabalhar pela absolvição do deputado Pedro Corrêa (PP-PE), presidente de seu partido, no plenário da Câmara. "Cada caso é um caso. Eu vou trabalhar sim, pela minha absolvição (no plenário da Casa)."
A reunião foi tensa por causa do parecer do novo relator, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que foi recebido com surpresa. O novo parecer pede o arquivamento do processo contra Pedro Henry e causou mal-estar entre os integrantes do Conselho. Em seu voto, Sampaio faz várias críticas ao trabalho formulado pelo primeiro relator do caso, deputado Orlando Fantazzini (PSol-SP).
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