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Não é por acaso que o objeto de uma das disputas políticas mais acirradas entre aliados do governo é a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ligada ao Ministério da Saúde e dona de um orçamento de R$ 1,5 bilhão para investimentos este ano, a Funasa é apontada por seu atual presidente, Paulo Lustosa, como "uma máquina de fazer votos". Mas Lustosa está com os dias contados, porque o órgão se tornou alvo da disputa entre três setores do PMDB, partido que hoje comanda a entidade, e uma ala do PT.

Apadrinhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) com a bênção da bancada da Câmara, Lustosa já foi avisado de que terá de deixar o cargo. Com isso, o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) aliou-se a Renan para tentar indicar o sucessor, mas o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), não abre mão do cargo. De quebra, a bancada goiana ainda apresentou o nome do ex-senador Maguito Vilela como pretendente. Certo de que manterá o controle da Funasa, o PMDB dedicou R$ 69 milhões em emendas ao Orçamento da União para a fundação.

Na quarta-feira, porém, a bancada sanitarista do PT fez chegar ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, seu interesse em retomar o controle da fundação. O PT pôs lá outros R$ 25 milhões em emendas. A vocação da Funasa para pequenas obras nas bases eleitorais dos parlamentares é de grande utilidade para projetos de poder dos partidos. Em 2007, estão previstos R$ 481 milhões para obras de saneamento e R$ 167 milhões para ampliação de redes de abastecimento de água.

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