Software auxilia no monitoramento dos policiais| Foto: Robson Villalba/Gazeta do Povo

Quase 50% das cidades paranaenses não conta com um dos únicos sistemas de fiscalização e controle de qualidade policial usados pela Polícia Militar do Paraná. O sistema “Siscopweb” não é apenas um software indispensável para saber como está o atendimento policial pelo telefone 190, mas auxilia também no monitoramento dos policiais. É por ele que os atendentes que recebem as ligações da população no 190 emitem as ocorrências para as viaturas fazerem o atendimento. Um determinado número de viatura fica cadastrado no sistema, que deveria ser acompanhada uma a uma.

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Esse software está presente em 226 cidades dentro das unidades da polícia. O programa fornece uma série de informações para o gestor policial, como localização das ocorrências, horário, natureza dos chamados e, principalmente, o tempo de atendimento da PM e o tempo do despacho.

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Estas duas últimas, usadas da maneira adequada, podem colaborar para diminuir o famoso “tempo de angústia”, aquele período longo de espera entre a ligação para o telefone de emergência até a chegada do policial.

Distribuição

O “Siscopweb” está presente nas grandes cidades do estado, mas distante das pequenas localizadas no interior.

Em 2013, apenas as unidades da PM em 52 municípios possuíam o sistema. Com a ampliação do cabeamento de fibra ótica da Companhia Paranaense de Energia (Copel), o número foi ampliado. Nos municípios onde ele não está instalado, o policial local faz o registro manualmente, quando pode.

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“Com ele eu posso saber quantas vezes a polícia está sendo acionada. Quantas viaturas estão empregadas por unidade. Posso definir indicadores e metas para melhorar o tempo de atendimento”, explicou um policial militar, que pediu para não ser identificado.

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De acordo com ele, sem o Siscopweb não há como afirmar o que a equipe policial fez durante o turno. “Pois não há registro de atendimento e despacho. É uma ferramenta de controle e gestão. Auxilia o planejamento”, explicou.

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Atualmente, sem telefonar ou falar por meio do radiocomunicador, o atendente do 190 não tem como saber a localização exata da viatura da PM. Pior, se o policial que estiver no carro não quiser ir atender a ocorrência, por algum motivo, é possível. Não há como monitorá-lo em tempo real automaticamente. Se ele deixar a viatura para uma abordagem e houver troca de tiros, não é possível saber sua localização sem que haja o acionamento pelo rádio.

O motivo é que todas as viaturas policiais não têm o apoio tecnológico essencial para reforçar o controle sobre a atividade policial militar: o módulo AVL (Automatic Vehicle Location, em inglês). É uma tecnologia embarcada nas viaturas que possibilita o atendente do 190 saber pelo “Siscopweb”, por internet, a localização da viatura e monitorar todo trajeto dela desde o despacho da ocorrência pelo atendente do 190 até o local do chamado.

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Essa tecnologia, considerada básica, pode ainda colaborar para evitar que policiais fiquem parados em locais desnecessariamente e conferir trajetos para monitorar eventuais crimes cometidos por PMs em serviço.