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Rio de Janeiro - Os pais da menina Rita de Cássia, 5 anos, que morreu após cair do quinto andar de um prédio na noite de sábado, na zona norte do Rio, decidiram que irão se mudar do apartamento. Eles, que chegaram a ser presos em flagrante por abandono de incapaz, puderam acompanhar o enterro da filha, ontem. Em clima de comoção, outras 300 pessoas acompanharam o cortejo, no cemitério de Irajá.

A mãe de Rita, Fátima Rodrigues, desmaiou no momento em que o caixão baixava à sepultura. "Não vou suportar. Perdi meu pai com nove anos, já tive dois irmãos assassinados. Não vou aguentar, é muito triste, vou ter de pedir muita força", disse ela, que, assim como o pai da criança, Gilson Rodrigues Sena, havia tomado sedativos. Segundo amigos e parentes que acompanharam o funeral, o casal tem mais duas filhas, uma de 14 anos e outra de 18, que está grávida de 8 meses.

A advogada Fátima Pandolpho, que também acompanhou o enterro da menina, disse que a partir de hoje voltará a trabalhar para defender o casal da acusação de abandono de incapaz. "A quantidade de pessoas que vieram aqui prestar solidariedade mostra a boa conduta do casal com as filhas. Toda a sociedade está penalizada com a situação deles", disse a advogada.

Os pais de Rita foram presos em flagrante após a morte da menina, por abandono de incapaz seguido de morte. Eles obtiveram liberdade provisória no começo da tarde de segunda-feira. A tia da menina, Ione Maria Alves da Rosa, 69 anos, disse que os pais estão sofrendo duplamente com a perda da filha e com a prisão, que chamou de injusta. "Foi uma injustiça. Eles não precisavam ir para a cadeia. Fátima era muito agarrada com a filha. Ela era a bonequinha dela. Tudo isso está muito errado", disse.

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