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Seis pessoas são acusadas de sequestrar um menino em Araucária mo mês passado

  • Quadrilha acusada de sequestrar criança de 6 anos foi apresentada à imprensa nesta tarde
  • O secretario Luiz Fernanda Delazari, da Segurança Pública, durante entrevista coletiva nesta tarde
  • O delegado Sílvio Rockenbach, do Tigre, durante entrevista coletiva nesta tarde
  • Materia apreendido pela polícia no domingo (1º) usado por quadrilha que sequestrou criança de 6 anos

A polícia prendeu no domingo (1º) uma quadrilha responsável por sequestrar um menino de seis anos em Araucária, cidade da região metropolitana de Curitiba. De acordo com a Polícia Civil, o crime, que aconteceu no mês passado, foi planejado pelo tio da vítima, Claudinei de Paula.

No dia 9 de fevereiro, Claudinei simulou uma visita à família da criança. De noite, comparsas invadiram a casa e renderam o pai, mãe, tio e a criança de 6 anos. Os bandidos sequestraram o garoto e levaram objetos da família - entre eles, DVDs de desenhos infantis, como Tá Dando Onda e Bee Movie, que seriam usados para acalmar a criança no cárcere. "A função do Claudinei era vigiar a reação da família, ver se eles chamavam a polícia, que informações davam", disse o delegado do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais (Tigre) Sílvio Rockenbach.

A primeira pista do envolvimento de Claudinei, que tem 30 anos, veio com o valor pedido pela criança: R$ 80 mil, preço similar ao de um terreno que havia sido recentemente vendido pela mãe do garoto.

Sem dar detalhes, a polícia disse que conseguiu libertar a criança 22 horas depois de ser levada. "Tínhamos informações que nos davam certeza que a criança seria solta", comentou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que deu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (2). O cativeiro da criança era na casa de Alcebíades Rodrigues Monteiro Filho, 23 anos, em São José dos Pinhais, município da grande Curitiba. Depois de uma suposta discussão sobre onde a criança deveria ser mantida refém, a quadrilha resolveu libertá-la no bairro Uberaba, em Curitiba.

Desde então, a polícia passou a reunir informações sobre os criminosos. Além de Claudinei e Monteiro Filho, Valter Glaner, 22 anos, Adelir Adanski Oliveira, 19, Sueli Honório Oliveira, 31, Tiago Rodrigues Monteiro, 29 e Bruno Cezar Rodrigues, 24, teriam participação do crime. Todos com passagens por outros crimes, como roubo e tráfico. "Já conhecia eles há três ou quatro anos, tempo em que eu estava a frente da [Delegacia de] Furtos e Roubos", comentou o atual delegado titular de Araucária, Rubens Recalcatti, que participou das investigações.

Em um furto a um carro dias depois do sequestro frustrado, Rodrigues morreu em um suposto confronto com a Polícia Militar, no dia 20 de fevereiro em São José dos Pinhais.

O bote

Em uma ação simultânea, a polícia efetuou as prisões de todos os membros da quadrilha em três locais diferentes no domingo: São José dos Pinhais, Araucária e Matinhos, no Litoral do Paraná. Com o grupo, a polícia apreendeu cocaína, éter, cal e cocaína, além de três pistolas - uma 9 mm, modelo Jericó, de fabricação israelense, uma ponto 40, roubada em assalto à casa de um policial civil, e outra calibre 765.

"É uma situação absurda e chocante imaginar um tio sequestrando o sobrinho. Para nossa felicidade, o resgate não foi pago e todos estão presos", comentou Delazari. Os acusados vão responder por extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas, porte ilegal de arma, roubo e formação de quadrilha.

O secretario também elogiou a conduta da imprensa que não divulgou a informação sobre o sequestro até que a polícia achasse conveniente. A Gazeta do Povo tinha conhecimento da situação desde o dia 10 de fevereiro.

Os acusados

Todos são réus confessos, de acordo com a polícia. A maioria dos suspeitos se recusou a conversar com a imprensa. Monteiro Filho disse que apenas cedeu a casa aos sequestradores e não sabia que ela seria usada para o crime. Sueli Honório Oliveira confessou ser traficante de cocaína, mas nega envolvimento no sequestro.

Claudinei de Paula, o tio do garoto, apenas disse que estava arrependido.

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