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Nas estatísticas da segurança pública, não se sabe quantos homicídios são resolvidos, segundo o diretor de Pesquisa do Instituto Sangari, Júlio Jacobo. "Não se sabe quan­­­tos foram atestados ao Mi­­­­nis­­­tério Público, quantos foram julgados e quantos foram condenados. A im­­­­pu­­­­nidade persiste, já que o primeiro passo da cura é o conhecimento do proble­­­ma. Se não se conhece, nunca haverá cura." Outra dificuldade é a disparidade entre estados na divulgação de números. O Paraná há seis meses não divulga dados sobre a violência e o balanço de 2010 não foi encerrado. "Em Londres é possível saber em quais áreas ocorre mais delitos. Algumas autoridades já declararam que isso causaria pânico social e depreciação de imóveis, o que é uma inverdade", diz o professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro do conselho diretivo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, José Vicente Tavares dos Santos.

Além das distorções que pode haver na contabilização dos crimes, cidadãos descrentes com a polícia acabam não notificando um furto ou agressão, o que também gera furo nas estatísticas, observa o pesquisador do Observatório de Segurança Pública da Universidade Estadual Paulista Rodolfo Arruda. "Isso parte da percepção de que a polícia não oferece o atendimento adequado e que não vai adiantar denunciar. É necessária uma sistematização das estatísticas, não mostrando apenas números, mas também o contexto."

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