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A cúpula da Polícia Militar do Rio falou ontem pela primeira vez desde a prisão do coronel Alexandre Fontenelle, há 12 dias, comandante das Unidades Operacionais da PM, e apontado como integrante de um esquema de propinas para extorquir comerciantes, motoristas de transporte alternativo e até camelôs e restaurantes. O comandante da corporação, coronel José Luís Castro de Menezes, admitiu erros e disse que se sentiu traído pelos 24 PMs presos.

"Nós sempre procuramos tomar um cuidado extremo na escolha de todos os comandantes. Esses nomes sempre passaram pelo crivo de inteligência e, diante do nada a opor, esses oficiais eram nomeados", disse o comandante-geral da PM do Rio.

Um depoimento prestado por dois policiais militares nos dias 15 e 16 de setembro aprofundou a crise na corporação ao levantar suspeitas contra o comandante-geral da corporação, coronel Luís Castro; e os chefes do Estado Maior, os coronéis Paulo Henrique Moraes e Ricardo Pacheco. De acordo com os relatos, os batalhões da PM deveriam dar contribuições que totalizariam R$ 15 mil para a cúpula da corporação no estado.

O coronel Castro ainda admitiu, pela primeira vez, que ele e toda uma cadeia de comando, como o setor de inteligência da PM, a corregedoria e o setor de pessoal da corporação, não alertaram sobre a nomeação do capitão Walter Colchone Netto. Colchone Neto foi nomeado para o setor de inteligência do Comando de Operações Especiais, coordenado pelo coronel Fontenelle, após deixar a prisão sob a acusação de ser ligado à máfia dos caça-níqueis. "Nós devíamos ter percebido que ele não deveria retornar ao COE, onde estava lotado, mas nós erramos", disse.

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