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| Foto: Divulgação/Feaes

Um homem, de 44 anos, morreu após uma parada cardiorrespiratória na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Cajuru, em Curitiba, na noite de quarta-feira (17). O caso será investigado por duas comissões. Uma delas avaliará o caso eticamente e foi criada pela prefeitura. A outra – da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes) – cuidará de todos os procedimentos que não envolvam médicos. Davi Ambrósio Silva, 44 anos,chegou à UPA no último sábado (13) encaminhado pelo Samu em estado de surto psicótico.

Em quatro dias na UPA, ele não foi atendido por um psiquiatra, mas por médicos da equipe de emergência, e também não foi encaminhado para nenhuma das 90 vagas de leitos psiquiátricos municipais dos hospitais credenciados na rede. A cada plantão de 12 horas, um psiquiatra atende assim que é requisitada a sua presença.

De acordo com o coordenador da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes), Gustavo Schulz, a presença do profissional não foi requisitada e não faria diferença para o atendimento clínico do paciente. Schulz e o diretor da UPA Cajuru, Peterson Anderson de Souza, concederam entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (18) para esclarecer alguns pontos do caso.

Segundo os dois, a transferência para qualquer unidade especializada com leito psiquiátrico não significaria que o paciente seria salvo já que, até agora, a doença dele não está relacionada à parada cardiorrespiratória. “O encaminhamento dele seria para o tratamento psiquiátrico. Aqui ninguém disse que o óbito aconteceu em razão da doença psiquiátrica. Não me parece que seria a medida capaz de evitar o óbito”, explicou Schulz.

Apesar disso, os dois afirmaram que não havia sido liberada vaga para transferência e, devido ao surto, o mais adequado era o paciente ser atendido pela equipe de emergência da UPA.

Atendimento especializado

Sobre a presença de um médico psiquiatra na UPA, os dois profissionais foram categóricos ao afirmar que nenhuma unidade semelhante no país tem condições de ter especialistas.

“Temos 109 unidades mais 9 UPAs em Curitiba. É impossível ter especialistas para cada unidade para cada doença. Nós não temos e ninguém neste país tem. O que cabe aqui é ter profissionais médicos habilitados a fazer esse primeiro atendimento. Ele estava na melhor unidade para ser reanimado”, disse Schulz.

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