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Vila Pantanal, no Alto Boqueirão: famílias em áreas de preservação ambiental e em locais próximos a rios podem ser beneficiadas pelo PAC da Habitação | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Vila Pantanal, no Alto Boqueirão: famílias em áreas de preservação ambiental e em locais próximos a rios podem ser beneficiadas pelo PAC da Habitação| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Capital tem 13 mil famílias em áreas de preservação

A prefeitura de Curitiba ainda não conseguiu reduzir de maneira significativa o número de famílias que vivem em áreas de preservação permanente (APPs) na cidade. Segundo a diretora técnica da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab), Teresa Oliveira, atualmente há cerca de 13 mil famílias em APPs na capital. O dado é semelhante ao de 2002, quando, de acordo com a Cohab, havia 13.136 famílias nestes locais. O balanço foi apresentado ontem à tarde, em uma reunião convocada pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná, para prefeituras da região metropolitana de Curitiba apresentarem seus planos em relação ao tema.

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Brasília - A prefeitura de Curitiba pretende incluir 20 mil casas no pacote habitacional que será anunciado pelo governo federal nas próximas semanas. O programa prevê a construção de 1 milhão de residências populares no país até 2010.

A quantidade sugerida já consta do atual plano de governo do prefeito Beto Richa (PSDB). "O benefício é que conseguiríamos adiantar em dois anos o que estava previsto para ser terminado em quatro", disse o presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Curitiba, Mounir Chaowiche.

Ele, Richa e representantes de todas as capitais brasileiras participaram ontem à tarde de uma reunião sobre o projeto no Palácio do Planalto. Eles receberam informações da responsável pelo pacote, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A 20 meses da sucessão presidencial e aos governos estaduais, Dilma (nome preferido do presidente Lula para substituí-lo) alegou que o programa tem como justificativa a geração de empregos para combater os efeitos da crise financeira mundial. Ela não adiantou o total de verba da União que será aplicada, mas garantiu que deve superar R$ 10 bilhões.

Por outro lado, afirmou que os municípios terão de dar contrapartidas. Uma das exigências é a desoneração do Imposto Sobre Serviços (ISS) e redução pela metade da cobrança do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) dos empreendimentos.

Com isso a alíquota do ISS, que varia entre 2% e 5%, seria limitada a um patamar residual de 0,1%. Já o ITBI cairia de 2% para 1%. "Ficou claro que quem quiser entrar vai ser obrigado a assinar um termo de adesão que garanta essa desoneração", explicou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).

Segundo Richa, os dados sobre o programa ainda são muito superficiais e não esclarecem como será o critério de distribuição de recursos. "Pelo que é possível entender, quem apresentar maior quantidade de bons projetos e tiver mais déficit habitacional deve ser ficar com mais obras."

Atualmente, o déficit curitibano é de 60 mil moradias. Além das 20 mil novas casas que podem ser enquadradas no pacote do governo federal, a prefeitura trabalha com a meta de regularizar a situação de outras 20 mil até 2012.

De acordo com Chaowiche, as novas residências custam em média R$ 38 mil. Já os casos de urbanização de favelas, por exemplo, consomem entre R$ 17 mil e R$ 23 mil.

Richa afirmou que não foi possível perceber conflitos eleitorais durante a reunião. Na semana passada, Dilma debateu o assunto com os governadores Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo), ambos do PSDB, e foi questionada sobre a "paternidade" do projeto.

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), esteve nesse encontro e disse que o estado tem capacidade de construir 100 mil casas. A quantidade não leva em consideração os números que serão apresentados pela prefeitura, apenas os da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Em Curitiba, a gestão é feita exclusivamente pela Cohab.

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