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Idoso e mulher de 27 anos são as novas vítimas

As duas novas vítimas da dengue no estado sofreram o tipo mais grave da doença, a hemorrágica. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), elas morreram nos dias 3 e 17 de fevereiro em Jacarezinho, no Norte do estado. A confirmação oficial veio por meio do resultado de um exame feito no Laboratório Central do Estado (Lacen).

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O coordenador do comitê de combate à dengue da Univer­­sidade Estadual de Londrina (UEL), José Lopes, não acredita que apenas mutirões de combate à dengue vão fazer com que as notificações da doença diminuam na cidade. "O que estamos vendo é resultado da falta de ação preventiva. Agora temos que acabar com o mosquito adulto", diz.

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A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) confirmou ontem a morte de mais duas pessoas por dengue. Com isso, chegaram a três o número de mortes causadas pela doença no Paraná. Os novos óbitos ocorreram em Jacarezinho, município do Norte do estado com a maior proporção da doença entre a população. Com uma população de 39 mil habitantes, a cidade tem 489 casos confirmados e 1.253 notificações. Há uma semana eram 352 casos e 1.182 notificações. A prefeita de Jacarezinho Tina Toneti (PT) decretou estado de emergência.

O primeiro óbito foi registrado em Londrina, que tem até agora o maior número de casos no estado: dos 1.196 confirmados na 17.ª Regional de Saúde, 1.089 são do município. Além dessas mortes, quatro outras estão sob investigação, duas em Londrina, uma em Santa Helena e outra em Cascavel.

Segundo o boletim semanal da Sesa, os casos de dengue no Paraná registrados nos dois primeiros meses de ano já são mais que o dobro das ocorrências no mesmo período do ano passado. De janeiro até 25 de fevereiro deste ano, 12.703 casos foram notificados, dos quais 2.193 foram confirmados, contra 5.038 notificações e 973 casos confirmados no mesmo período de 2010, ano de maior incidência da doença no estado.

Os casos continuam crescendo mesmo com o plano emergencial criado pela secretaria em janeiro para atender as cidades com piores indicativos. O governo do estado já investiu R$ 228 mil para contratação de agentes, compra de equipamentos nebulizadores, caminhões e apoio técnico. E na última semana anunciou a liberação de R$ 500 mil para ações de combate à dengue em Londrina – a serem investidos em contratação de médicos e enfermeiros plantonistas para atender a população nas unidades básicas de saúde do município, que concentra mais de metade dos casos registrados no Paraná.

De acordo com a prefeita de Jacarezinho, nem todos os esforços da prefeitura e do estado estão sendo suficientes para conter o avanço da doença. Segundo ela, a prefeitura gastou quase R$ 100 mil nas últimas semanas no combate ao mosquito e disponibilizou cerca de 100 servidores para atuarem na campanha contra a doença, mas nem isso foi suficiente. Com o decreto de emergência, a prefeita espera conseguir mais recursos para frear o avanço da doença.

De acordo com o superintendente de Vigilância e Saúde da Sesa, Sezifredo Paz, o governo estadual tenta incluir o Paraná na lista de estados em situação crítica elaborada pelo Ministério da Saúde em janeiro deste ano. Para o governo federal, o estado tinha um risco moderado de epidemia de dengue. Segundo Sezifredo, apenas algumas regiões das cidades mais afetadas vivem em epidemia.

Em Londrina, a Sesa solicitou que cerca de 50 pessoas ligadas à Defesa Civil de Londrina e região começassem a trabalhar ontem no combate à dengue. Segundo o supervisor de Endemias do município, Luiz Alfredo Gonçalves, com o aumento no contingente, a fiscalização ganhará rapidez.

Ele disse que muito lixo e material reciclável foram retirados das casas e de fundos de vale, no período da manhã. A expectativa era visitar 3,8 mil casas ontem. O trabalho está concentrado nas residências localizadas no Centro Social Urbano e na Vila Portuguesa, área central da cidade, onde o mutirão deve continuar hoje. O coordenador de Endemias de Londrina, Élson Belisário, acredita que o número de notificações deverá ter uma queda já no próximo boletim, que será divulgado provavelmente no dia 7. "Com o combate que estamos realizando em todas as regiões, com aplicação de inseticida e visitas periódicas às residências, o número de notificações deverá apresentar uma redução." Londrina também já havia decretado estado de emergência.

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