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Queda de barreira no quilômetro oito não teria danificado as pistas, mas detritos restringiram a passagem em mais um ponto da estrada | Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Queda de barreira no quilômetro oito não teria danificado as pistas, mas detritos restringiram a passagem em mais um ponto da estrada| Foto: Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Apesar de uma queda de barreira na altura do quilômetro 8, ocorrida na quinta-feira (3), o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) não reviu o prazo de 60 dias estimado para a liberação parcial do tráfego na Estrada da Graciosa (PR-410), onde uma cratera se formou na altura do quilômetro 10 por conta das fortes chuvas ocorridas em março.

Apresentado na quinta-feira pelo órgão, o plano é construir uma ponte em duas etapas, liberando uma faixa da rodovia histórica em junho e depois avançar até a conclusão e liberação total, planejada para setembro.

Como ainda chove na região e o terreno tem instabilidade e chance de ceder, o DER-PR informa que é necessário parar de chover para fazer uma avaliação precisa. Só assim será possível verificar as condições da estrada e saber da necessidade de estender ou não o prazo de normalização no tráfego.

Ainda segundo o DER-PR, a queda de barreira no quilômetro 8 não danificou as pistas da rodovia histórica e nenhum novo buraco se formou.

Preocupação com árvores e novas quedas de barreira

No entanto, o departamento alerta que, até que a chuva pare, a recomendação é para que os motoristas evitem utilizar a estrada em qualquer ponto, por conta do risco de quedas de árvores ou barreiras. A região sofre com chuvas desde a última quarta-feira (2) e o solo em todo o trecho, que liga Curitiba a Morretes, está instável. Árvores também podem cair a qualquer momento na pista e causar acidentes.

O DER-PR informou que, nesta manhã, um engenheiro da entidade foi ao local para fazer avaliações do terreno. Ele teve o carro em que estava atingido por uma árvore que caiu sobre as pistas. O caso é parecido com o que aconteceu nesta quinta, quando outra árvore despencou na pista e obrigou uma equipe do órgão a cortá-la para conseguir voltar para Curitiba. Em nenhum dos dois casos houve feridos.

De acordo com informações do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) responsável pela Estrada da Graciosa, a todo momento caem árvores no trecho, mas esta é uma situação que é recorrente na rodovia em dias de chuva. O relato é que o posto da corporação também está sem telefone porque um poste caiu na entrada da estrada perto da BR-116.

As informações policiais dão conta de que a Graciosa está às moscas desde março, quando a estrada foi interditada no quilômetro 10, sendo seu traçado utilizado apenas por moradores do região e profissionais de imprensa.

Interdição da rodovia ocorre desde março

Uma cratera se formou no quilômetro 10 da rodovia no último dia 13 de março, após fortes chuvas que caíram na Serra do Mar. Logo após o incidente, uma equipe de engenharia do DER-PR e geólogos da Mineropar estimou que haveria necessidade de bloqueio por no mínimo seis meses. Dias depois, o órgão cogitou construir uma ponte e diminuiu a previsão para conclusão total do reparo para cinco meses.

A Estrada da Graciosa é uma via histórica que começou a ser construída em 1854, ano da emancipação do Paraná. Ela liga os municípios de Quatro Barras a Morretes e tem uma extensão de 28,5 quilômetros, de acordo com o DER. A estrada é uma importante via de acesso ao litoral, que proporciona aos viajantes espaços de lazer e ruínas históricas.

A via passa por uma região em que a Mata Atlântica mantém-se preservada e foi até a primeira metade do século XX a única estrada pavimentada do estado. Por esse motivo, a via foi de grande importância para a economia regional, já que por ela eram transportados os carregamentos de produtos como erva-mate, madeira e café até o Porto de Paranaguá.

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