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Todos os quatro blocos que desfilariam neste domingo de Carnaval em Paraty, no litoral sul fluminense, cancelaram suas apresentações por falta de segurança, após um tiroteio que deixou um morto e nove feridos na Praça da Matriz, durante a madrugada.

O tiroteio entre duas gangues rivais de traficantes locais aconteceu às 3h, no coração do centro histórico da cidade. Suspeito de ligação com o tráfico, Emerson Martins de Jesus, 22, foi alvo de cinco disparos. Ele morreu no início da tarde.

Os feridos têm idades entre 22 e 32 anos, sendo um turista paulista. Seis deles continuam internados, mas não correm risco de morte.

A Polícia Militar não conseguiu deter os atiradores, dois deles fugiram usando um barco, e um terceiro, a pé. O comando da PM informou que o policiamento foi reforçado, a pedido do prefeito Carlos José Gama Miranda (PT) . Paraty, que tem 45 mil habitantes, está recebendo 400 mil turistas no Carnaval.

Após reunião com o prefeito, os responsáveis pela organização dos blocos decidiram suspender os desfiles. Apenas uma banda e um grupo de bonecos mantiveram as apresentações previstas.

De acordo com a polícia, o tiroteio, com o uso de pistolas, teria ocorrido entre duas duplas de traficantes rivais que se encontraram no bloco.

"O que pudemos apurar foi que dois traficantes tentaram matar um rival, mas não contavam que o alvo estaria acompanhado. Houve troca de tiros entre essas quatro pessoas, e outras nove que estavam no bloco foram feridas", afirmou o delegado Bruno Gilaberte, titular da delegacia de Paraty.

Os foliões feridos foram identificados como Rodrigo Eiras; Fernando Alves Silvino; Larissa da Rocha Chaves, 20; Renata dos Santos, 22; Flávia Aline de Moraes, 31; Thiago Barbosa da Silva, 32; Ellen Oliveira dos Santos, 19, Brenda Maria Pacheco e Roberto Pacheco.

A polícia já identificou dois atiradores, que conseguiram fugir, mas ainda não revelou suas identidades. Imagens de estabelecimentos comerciais que no entorno da praça estão sendo recolhidas para ajudar na identificação do quarto homem que teria participado do tiroteio.

Ainda segundo Gilaberte, o tráfico de drogas em Paraty, que é uma cidade pequena, estaria crescendo. "Esses traficantes possuem uma ligação ideológica com grandes grupos, mas não pertencem a eles, no sentido de ocorrer o tráfico de armas e drogas com representantes delas no Rio. São pequenos revendedores que, para conseguir crescer e impor medo, falam que são traficantes. Prefiro chamar de gangues", disse.

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