Um carro em movimento joga um saco em uma rua de Guarulhos, na Grande São Paulo. Horas depois, outro carro passa por cima do saco. Ali havia um recém-nascido. O trágico caso de abandono se soma a pelo menos outros 19 no último ano no país.
O abandono em série reacendeu o debate sobre o direito ao parto anônimo. França, Itália, Alemanha e Bélgica adotam a prática que permite que a gestante faça o pré-natal, dê à luz e entregue o bebê para adoção no hospital sem se identificar.
O Instituto Brasileiro de Direito da Família foi autor de um anteprojeto semelhante, que tramitou por três anos na Câmara Federal e foi arquivado, mas deve ser reaberto. O projeto é polêmico: o Comitê de Direitos das Crianças da ONU o considera violação ao direito de a criança conhecer sua origem.
Telia Negrão, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, condena a proposta. "Ela vai na contramão da história. Remete à roda dos enjeitados. Coloca as mulheres e adolescentes na invisibilidade, não aponta para as alternativas de prevenção da gravidez indesejada", diz.
-
Novos documentos revelados pelo Congresso americano mostram mais ordens do STF para derrubar contas da direita no Brasil
-
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
-
Tebet defende acabar com aumento real de aposentadoria e outros benefícios; Gleisi rebate
-
Eldorado do Sul precisará ser evacuada, diz prefeito
Família deve acolher nova mãe, evitando críticas e sendo lugar seguro para desenvolvimento
Mães sozinhas, viúvas ou separadas: como manter a saúde emocional pessoal e familiar
Mães sociais: mulheres que se doam no cuidado temporário de crianças em vulnerabilidade
Apoio da família é fundamental para que mulher compreenda seu novo papel: ser mãe
Deixe sua opinião