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Se para os trabalhadores a panfletagem é a única maneira de garantir uns trocados, para quem passa pelo centro de Curitiba todos os dias a distribuição do material é um incômodo. "Um nojo", define o administrador de empresas Waldemar Dotti, de 60 anos. "Eu nem pego." Dotti conta que já chegou a discutir. "Já nem ando em algumas ruas, porque brigo. A Rua XV e a Monsenhor Celso estão tomadas por eles."

O investigador Armando Basco, 35 anos, é menos radical, mas acha que os panfleteiros deviam ser mais respeitosos. "Alguns deles não oferecem, forçam a pessoa a pegar o material", revela. "O que me interessa eu pego, às vezes tem coisas boas. O problema é que não são dois ou três, às vezes eles ocupam a quadra inteira."

O crescimento da panfletagem aumentou o serviço dos garis. Há seis anos na profissão, Sebastião de Paula Rosas, 38 anos, nunca viu a cidade tão suja. "Desde que começaram a surgir esses bancos que fazem empréstimos para aposentados", define. "Às vezes, tenho que varrer a mesma rua mais de uma vez". Os piores pontos do centro, segundo ele, são o calçadão da Rua XV, a Avenida Marechal Deodoro e a Rua João Negrão. "Depois que colocaram lixeiras, até que melhorou. Mas a cidade nunca esteve tão suja."

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