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Um laudo preliminar do Instituto de Criminalística (IC) afastou as suspeitas de que Cristiano Gonçalves, de 25 anos, pudesse ser o assassino da menina Rachel Genofre,encontrada morta dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba há mais de três anos. Gonçalves foi preso no dia 21 de janeiro, em Santa Izabel do Oeste, no Sudoeste do estado, acusado de violentar, agredir e matar uma menina de sete anos.

O resultado do exame foi comunicado nesta quarta-feira (1º) à delegada Vanessa Alice, responsável pelas investigações da morte de Rachel Genofre. Após a prisão de Gonçalves, peritos coletaram material genético dele e compararam com o sêmen encontrado no corpo de Rachel. "Ainda é preciso a confirmação oficial, mas como eu havia pedido urgência no laudo, o perito me telefonou dizendo que o resultado deu negativo", disse Vanessa.

A informação frustrou as expectativas da delegada, que desde a prisão acreditava que Gonçalves pudesse ser o responsável pela morte de Rachel. "Deu negativo, agora é voltar às investigações", resignou-se a delegada.

As suspeitas dela haviam sido alimentadas pela grande semelhança entre os casos: tanto Rachel quanto a menina morta em Santa Izabel do Oeste foram "raptadas" pelo assassino; sofreram violências sexuais e agressões compatíveis, tiveram o corpo colocado em uma mala, com sacos plásticos enfiados na cabeça. A única diferença entre os crimes é que Rachel teve os cabelos cortados pelo assassino. Além disso, um dos retratos-falados usados nas investigações é semelhante à aparência física de Gonçalves.

Os casos

Cristiano Gonçalves foi preso no dia 21 de janeiro, na casa dele, em Santa Izabel do Oeste. Segundo a polícia, ele dormia ao lado de uma mala, onde estava o corpo de uma menina de sete anos. A criança foi estuprada e morta por asfixia. Ela havia sido levada da casa dos tios, quando estava dormindo. Gonçalves seria próximo da família da menina e, para dissimular, teria participado das "buscas".

O outro caso ocorreu mais de três anos antes. O corpo de Rachel Genofre, 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois do desaparecimento da menina. Ela foi posta na bolsa em posição fetal, envolvida em dois lençóis. Na cabeça da criança, havia sacolas plásticas. Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.

Ao longo das investigações, diversos suspeitos foram presos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. São mais de 1,1 mil dias de investigação, nos quais a polícia chegou a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos.

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