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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Dois casos suspeitos de microcefalia são investigados no Paraná. O dado consta no balanço atualizado do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (27).Outras oito situações avaliadas no estado já foram descartadas. De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), elas não se enquadravam nos critérios de microcefalia ou se concluiu não haver relação com infecções congênitas. Os dez casos notificados estão distribuídos em sete cidades paranaenses.

Confira os números de casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika

Segundo informações da Secretaria de Saúde, as mães dos dois bebês que seguem em avaliação estiveram fora do Paraná no primeiro trimestre da gestação. A pasta, porém, não informou em qual cidade elas moram. O resultado da investigação deve ser divulgado na próxima terça-feira (2), junto com o boletim epidemiológico da dengue. Os bebês ainda passam por exames e as placentas foram encaminhadas para testes, na tentativa de identificar uma possível contaminação por zika vírus.

Em novembro do ano passado, reportagem da Gazeta do Povo mostrou que nos últimos dez anos o Paraná teria tido, ao todo, segundo a Sesa, 55 casos de microcefalia, por diferentes razões que não incluiam o zika vírus.

Brasil

Em todo o Brasil, o relatório do ministério aponta que 270 casos já foram confirmados e 3.448 ainda são investigados para saber se os bebês têm ou não a malformação. No relatório anterior, eram 224 casos confirmados e 3.381 suspeitos no país. Já o número de casos descartados dobrou neste período: de 282, passaram a 462 no boletim atual. Caso fossem somados todos os registros – confirmados, suspeitos e descartados- –, o número de notificações feitas por equipes de saúde ao governo chegaria a 4.180.

No ano de 2014, quando o registro da microcefalia não era obrigatório, foram notificados 147 casos no país. Em outubro de 2015, após o aumento do número de casos, é que o registro passou a ser obrigatório.

Ao todo, os casos foram identificados em 830 municípios, distribuídos em 23 estados e no Distrito Federal. Os dados, que começaram a ser contabilizados no fim de outubro, são até o dia 23 de janeiro. Segundo o Ministério da Saúde, já é possível perceber uma tendência de queda no registro de novos casos suspeitos de bebês com a má-formação.

Entre os casos confirmados após exames, seis já tiveram resultado positivo em exames para o vírus zika, o que reforça a possibilidade de que o avanço nos registros de microcefalia no país esteja ligado ao vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e identificado no início do ano passado em Estados do Nordeste.

Hoje, a região é a que concentra o maior número de casos de microcefalia, ou cerca de 86% do total. Entre os Estados, Pernambuco lidera a lista de casos suspeitos, com 1.125 registros ainda em investigação. Em seguida, estão a Paraíba, com 497 casos suspeitos, e Bahia, com 471.

Também há registros em todos os demais Estados do Nordeste, onde há 2.984 casos suspeitos no total, e das regiões Sudeste (200) e Centro-Oeste (180). Já a região Norte investiga casos no Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, com 82 casos suspeitos. No Sul, dois casos são investigados no Paraná. Também houve um caso confirmado no Rio Grande do Sul.

Mortes

O novo balanço do Ministério da Saúde também aponta aumento no número de mortes suspeitas de bebês com microcefalia e outras má-formações, que passou de 49 para 53 registros.

Destas, 12 já foram confirmadas e outras 51 permanecem em investigação. Durante o período, cinco mortes de bebês durante a gestação ou após o parto chegaram a ser apuradas, mas a relação com um possível quadro de microcefalia e outras infecções congênitas --transmitidas de mãe para filho-- acabou descartada. Estão nessa situação dois casos no Paraná.

A avaliação dos casos suspeitos de microcefalia ocorre por meio da medida da circunferência da cabeça do bebê após nascer. Bebês com perímetro da cabeça menor que 32 cm (no caso de partos não prematuros) são direcionados para exames que podem confirmar o quadro e avaliar a extensão dos danos no cérebro.

O Ministério da Saúde recomenda que as crianças com microcefalia passem por exercícios de estimulação precoce logo após o diagnóstico até os três anos, como forma de diminuir os impactos de possíveis sequelas ao bebê.

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