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Dois homens acusados de participar dos ataques incendiários que assustaram a cidade de Quitandinha, na região metropolitana, no início do ano passado, serão julgados na manhã da próxima quinta-feira (1º) no Tribunal do Júri de Rio Negro.

Gilmar Colasso dos Santos, 31 anos, e Luiz Fernando da Silveira Quepe, 26, vão responder por homicídio e tentativa de homicídio. Segundo apuração realizada pela polícia, em 20 de janeiro de 2009, os dois teriam arremessado uma bomba caseira em uma casa do município na Colônia Pangaré. A residência foi incendiada e ficou totalmente destruída. Seis pessoas estavam no local no momento do ataque, entre elas uma menina de apenas nove meses. Todos ficaram feridos e a mãe do bebê, de 19 anos, morreu depois de ficar internada pouco mais de uma semana em um hospital de Curitiba.

Horas depois do incêndio na casa, Santos e Quepe foram presos em flagrante. Eles continuam detidos e negam o crime. Além dos homens, um adolescente de 16 anos também teria participado do ataque. A Justiça determinou que o menor fosse internado em uma unidade socioeducativa.

Além deste incêndio na residência, o grupo é suspeito de ser o responsável por pelo menos outros três ataques incendiários na Colônia Pangaré. Em um dos crimes foi destruído um excedente de doações que, inicialmente, haviam sido remetidas para ajudar as vítimas das chuvas de Santa Catarina. Depois, os homens ainda teriam jogado bombas caseiras em uma oficina mecânica e em uma sala de aula de um colégio da cidade.

Expectativas

O advogado Thiago Pontarolli, um dos assistentes de acusação do Ministério Público no julgamento, tem confiança de que os homens suspeitos pelos ataques sejam condenados. "Os incêndios causaram pavor na cidade e esperamos a condenação pelo máximo de penas possível", afirma. "Até porque, mesmo com as provas coletadas, eles continuam negando o crime", completa o advogado.

Eliel Zaleski, uma das vítimas que estava na casa incendiada, teme por uma eventual decisão desfavorável. "A minha casa foi o quarto local que eles atearam fogo. Temos medo que eles sejam inocentados, tenham uma segunda chance e voltem a fazer algo de ruim para nós. O júri tem que ter consciência disso", declara.

Um dos defensores dos réus nomeados pela Justiça, o advogado Nilton Ribeiro de Souza, espera um julgamento difícil. "A acusação deles é muito greve. Ele dizem que não fizeram nada e, como defesa, eu tenho que sustentar a versão deles", disse.

Procedimento

Os dois acusados vão a júri popular. Na quinta-feira, inicialmente, serão ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. Depois será a vez dos réus prestarem depoimento. Os advogados de acusação e defesa também vão manifestar seus argumentos. Após estas etapas, os sete integrantes do júri vão decidir se os acusados são inocentes ou culpados.

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