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“Meu filho, então com 12 anos, bateu a cabeça no meio-fio e ficou desacordado no chão, com a cabeça sangrando.” Magali Pierri, astróloga e terapeuta, mãe de Lucas Pierri | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
“Meu filho, então com 12 anos, bateu a cabeça no meio-fio e ficou desacordado no chão, com a cabeça sangrando.” Magali Pierri, astróloga e terapeuta, mãe de Lucas Pierri| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

"Ninguém sabe exatamente como tudo aconteceu. Meu filho saía sempre de bicicleta sozinho e sempre pedíamos para que ele prestasse atenção e usasse capacete. Num dia de feriado, um carro bateu nele. A bicicleta se dividiu em duas e foi arremessada por cima do muro de uma casa, do outro lado da rua. Meu filho, então com 12 anos, bateu a cabeça no meio-fio e ficou desacordado no chão, com a cabeça sangrando.

Eu estava em São Paulo fazendo um curso. Meu marido ligou para avisar, mas não quis me assustar. Chegou a mentir dizendo que o Lucas tinha batido com a bicicleta em um carro parado e que só precisaria dormir no hospital. Mas quando ele falou que ‘seria melhor que eu voltasse’, senti que o negócio era sério. Estava nervosa, com medo, mas não cheguei a ficar em pânico, porque o sentimento de mãe, intuição ou o que quer que seja, me dizia que estava tudo bem e que meu filho se recuperaria.

Fui imediatamente para o aeroporto. O pai dele chegou antes do Siate no local do acidente e ficou lá com ele desacordado, o que foi traumatizante. Quando eu cheguei ao hospital havia várias pessoas me esperando. Percebi que o meu marido tinha, literalmente, encolhido de tamanho. Acho que pelo trauma. Foi impressionante.

Meu filho teve traumatismo craniano com coágulo cerebral. Demorou para conseguir falar e, nos primeiros dias, abria os olhos e não enxergava nada. Ficamos com medo que ele pudesse ficar com alguma seqüela, mas ele se recuperou bem.

Hoje em dia, ainda tenho pânico quando ele sai para andar de bicicleta, mas tenho a consciência de que é uma paranóia, devido ao trauma passado. Sou astróloga e, pela observação desse tipo de acontecimento, vejo que essas coisas são inevitáveis e impossíveis de prever ou se prevenir. Nesse caso, a criança estava instruída para andar de capacete, mas não o fez.

Com certeza a falta do equipamento de segurança como o capacete, agravou a situação. No entanto, quando observamos esse tipo de evento, verificamos que uma série de fatores e coincidências estão envolvidas, todas colaborando para que aquilo acontecesse. É o destino, não tem como evitar".

A astróloga e terapeuta Magali Pierri é mãe de Lucas Pierri, 18 anos.

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