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A greve dos servidores da saúde de Curitiba, que foram excluídos na lei que reduz a jornada de trabalho de parte da categoria, completou 67 dias nesta quinta-feira (9) e não houve avanços na negociação. Na tarde desta quinta-feira (9), os servidores protocolaram um novo ofício na Secretaria de Recursos Humanos.

O documento, que já foi protocolado na prefeitura na segunda-feira (6), pede para que um calendário de negociação seja estabelecido. Caso a prefeitura aceitasse a proposta, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) analisa a possibilidade de suspender a paralisação.

De acordo com o Sismuc, a última reunião entre sindicato e prefeitura ocorreu no dia 2 de fevereiro e não houve proposta da parte da prefeitura. O sindicato pede para que as negociações voltem a ocorrer e que se possa discutir as possibilidades para as carreiras excluídas da legislação.

O sindicato informou que os servidores esperam uma resposta da prefeitura desde outubro de 2011. A categoria teme que as negociações não avancem por se tratar de um ano eleitoral.

"A prefeitura está sendo intransigente ao não abrir espaço para um acordo. Os trabalhadores querem negociar", afirmou a diretora de Imprensa e Comunicação do Sismuc, Alessandra de Oliveira.

O Sismuc não soube informar quantos servidores estavam em greve nesta quinta-feira (9). Uma assembleia será realizada nesta noite para avaliar o movimento e votar a continuidade da greve.

Outro lado

A prefeitura de Curitiba afirmou que a jornada de trabalho de 4,1 mil servidores foi reduzida de 40 para 30 horas, porém, não há recursos para atender o restante dos 1,2 mil servidores. Essa medida impactaria em outras secretarias e por isso não há como atendê-los. "Garantir a redução para os servidores que ocupam estes cargos [como agentes administrativos, psicólogos, nutricionistas, entre outros] traria impacto para outros servidores que ocupam os mesmos cargos e trabalham em outras secretarias. Isso seria inconstitucional", afirmou a procuradora do Município, Vera Bittencourt, em entrevista ao site da prefeitura de Curitiba.

Imbróglio

A maioria dos funcionários públicos da saúde (enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário e auxiliares) foi incluída no projeto de lei que altera a carga horária semanal da categoria. O protesto dos demais, que formam grupo de quase 1,2 mil pessoas, é para que todos os servidores sejam incluídos. Compõem o grupo de funcionários sem o benefício os nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, bioquímicos, psicólogos, técnicos de laboratório e técnicos de saneamento.

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