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Ponta Grossa – Antes mesmo de Mércio Pereira Gomes assumir a presidência da Funai, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) já protestava com a simples menção da nomeação dele. Os índios defendiam o nome de Antônio Apurinã, diretor assistência do órgão, que seria o primeiro presidente indígena da história da Funai. A contragosto dos indígenas, em agosto de 2003 o Ministério da Justiça nomeou Pereira.

As relações entre o presidente da Funai e os índios começaram a se estremecer a partir desse ano com uma declaração de Pereira a agência internacional de notícias Reuters. "É muita terra. Até agora, não há limites para suas reivindicações fundiárias, mas estamos chegando a um ponto em que o Supremo Tribunal Federal terá de definir um limite", disse o presidente da Funai na entrevista. A declaração irritou os índios e foi criticada dentro da própria Funai, o que levou à demissão do sertanista Sidney Possuelo, considerado o continuador do trabalho dos irmãos Villas- Boas.

As polêmicas mais recentes giram em torno das viagens de Pereira. Dois relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que uma agência de viagens emitiu em nome do presidente da Funai 235 passagens aéreas no valor de R$ 252 mil. Dessas, 16 foram para cidades do exterior, 118 para o Rio de Janeiro e 12 para a Região Norte. A reportagem da Gazeta do Povo procurou a Funai para comentar as viagens e a reivindicação dos índios, mas não obteve resposta. (EB)

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