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A publicitária paranaense Mônica Vassão, 25 anos, chegou na manhã deste domingo ao Brasil e foi recepcionada pela família no aeroporto de Cumbica, na grande São Paulo. "Choramos um monte, mas agora estamos aliviados", disse Vera Vassão, a mãe de Mônica, sobre o encontro com a filha. A jovem desembarcou no Brasil por volta das 8 horas, de Kansas City, para onde deve voltar daqui duas semanas. Mônica estava em Nova Orleans e sobreviveu à catástrofe provocada pelo furacão Katrina.

Com voz bastante emocionada, Mônica disse que agora parece viver um sonho. "É uma alegria encontrar minha família. Eu não via a hora de voltar para o Brasil, pisar no meu país, abraçar meus pais. Parece que agora estou acordando de um pesadelo. Vivi momentos terríveis que nunca vou conseguir esquecer", comentou a jovem em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo Online.

Mônica veio rever a família, mas já tem passagem comprada para retornar no próximo dia 25, para concluir seus estudos mo próximo semestre. "Estou com a passagem comprada...mas vai ser difícil voltar", disse, respirando fundo. Silêncio entre uma palavra e outra, nas respostas da entrevista, demonstra que Mônica ainda está abalada com tudo que viu e viveu nos EUA, após a passagem do furação Katrina.

Férias

Há seis meses Mônica foi para Kansas City para estudar Computer Design. No período de férias que teve, ela e uma amiga resolveram conhecer Nova Orleans. Chegaram lá no sábado (27 de agosto) e fizeram um passeio. No domingo (28), o clima na cidade já era de terror. "O primeiro dia foi ótimo, já no domingo tava todo mundo desesperado no hotel. A gente queria ir embora, e não tinha como, não tinha carro, ônibus, avião, nada. Daí precisamos ir para o estádio Superdome, que era o único lugar com capacidade para abrigar as pessoas. Lá foi um pesadelo, um verdadeiro filme de terror. Vi cenas que eu não imaginava existir", resume Mônica.

O que emociona a jovem são as histórias tristes que viu e tem escutado através da imprensa norte-americana. "Com certeza foi um grande desastre e vai demorar para as pessoas se recuperarem. São histórias de estupros, famílias que tiveram que abandonar suas casas, outros que tiveram que deixar parentes para trás. Foi uma grande lição, uma experiência inesquecível. Com tudo isso aprendi a ser mais solidária, a ter mais paciência. Agora estou muito feliz de poder retornar" conta Mônica.

Após a passagem do furacão a jovem ficou três dias sem conseguir contato com a família no Brasil. A falta de notícias sobre Mônica e as notícias sobre a situação em Nova Orlenas deixaram a família angustiada.

Esta semana Mônica fica em São Paulo com pais, participando da ExpôCristão, uma feira internacional. A família deve retormar para Curitiba no próximo domingo (18).

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