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Trecho da Estrada da Graciosa que desmoronou com a chuva no último dia 13. Para o DER, ponte é a melhor alternativa | Jorge Woll/DER
Trecho da Estrada da Graciosa que desmoronou com a chuva no último dia 13. Para o DER, ponte é a melhor alternativa| Foto: Jorge Woll/DER

Trecho continua interditado

A rodovia continua totalmente interditada no quilômetro 10 até que a liberação de meia pista seja feita. O bloqueio ocorre, segundo o DER, para que as equipes possam trabalhar na construção da estrutura. Os motoristas que precisam chegar a Morretes podem usar a rodovia BR 277 para desviar o trecho.

A Estrada da Graciosa (PR-410), que liga Curitiba ao litoral do estado, registrou uma queda de barreira por volta das 16 horas no quilômetro 8 na tarde desta quinta-feira (3). O incidente ocorre no mesmo dia em que o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) anunciou a construção de uma ponte para liberar a rodovia, que está interditada desde o dia 10 de março devido a um desmoronamento nos quilômetros 10 e 12.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), um grupo de pessoas que estava no local para montar um acampamento para iniciar as obras está isolado. Segundo a PRE, os trabalhadores continuavam ilhados até as 21 horas.

A polícia informou também que chove e venta forte na região. Uma equipe do DER deve visitar o local na sexta-feira (4).

Solução

A construção de um viaduto no local foi anunciada nesta quarta pelo DER, o que deve liberar em meia pista o trânsito na Graciosa a partir de junho. O plano inicial é construir uma ponte em duas etapas e liberar uma faixa da rodovia histórica, em um primeiro momento, e depois avançar até a conclusão e liberação total, em setembro. O custo da ponte e outras obras na região deve ficar em torno de R$ 5 milhões. A previsão de conclusão a princípio continua a mesma apesar do novo deslizamento, segundo o DER.

Uma cratera se formou no quilômetro 10 da rodovia no último dia 13 de março, após fortes chuvas que caíram na Serra do Mar. Logo após o incidente, uma equipe de engenharia do DER e geólogos da Mineropar estimou que haveria necessidade de bloqueio por no mínimo seis meses. Dias depois, o DER cogitou construir uma ponte e diminuiu a previsão para conclusão para cinco meses.

Agora, com a alternativa de construir metade da ponte e depois trabalhar na conclusão, daqui dois meses os carros já devem poder trafegar pela estrada, mas a conclusão ficou para setembro. A estrutura final terá 3,5 metros e será feita em concreto por causa da instabilidade que o solo e rochas do local apresentam. Conforme o DER, assim o trecho vai apresentar mais segurança aos usuários e evitará que futuros desmoronamentos aconteçam. Todo o planejamento foi orientado por geólogos e representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Histórico

A Estrada da Graciosa é uma via histórica que começou a ser construída em 1854, ano da emancipação do Paraná. Ela liga os municípios de Quatro Barras a Morretes e tem uma extensão de 28,5 quilômetros, de acordo com o DER. A estrada é uma importante via de acesso ao litoral, que proporciona aos viajantes espaços de lazer e ruínas históricas.

A via passa por uma região em que a Mata Atlântica mantem-se preservada e foi até a primeira metade do século XX a única estrada pavimentada do estado. Por esse motivo, a via foi de grande importância para a economia regional, já que por ela eram transportados os carregamentos de produtos como erva-mate, madeira e café até o Porto de Paranaguá.

Comerciantes e moradores são prejudicados

Além do dano ao patrimônio histórico e ao meio ambiente, o deslizamento na estrada compromete a renda de dezenas de comerciantes que trabalham no entorno do caminho. Entre a BR-116 e a cidade de Morretes são mais de 60 pequenos comerciantes, de acordo com informações da Associação Comercial da Graciosa. Os moradores também sofrem com a obrigação de ter que pegar a BR-277 e ter que pagar o pedágio para chegar à capital paranaense.

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