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A estudante de 23 anos baleada no Morro do Boi, em Caiobá, Litoral Paranaense, há cerca de 15 dias, apresentou melhoras e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado (14). De acordo com o boletim médico divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Hospital Vita, de Curitiba, a previsão é de que a jovem tenha alta na próxima semana.

O estado de saúde da estudante é estável. Os drenos torácicos foram retirados e ela já está no quarto. Por causa do tiro que levou nas costas e que atingiu a medula, ela ainda não consegue movimentar as pernas. O hospital informou, ainda, que a paciente não tem condições emocionais de falar com a imprensa sobre o caso.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada nesta segunda-feira, a estudante falou sobre os momentos difíceis que passou a espera de socorro. Ela ficou 18 horas ferida e na mata até ser resgatada pelo Corpo de Bombeiros. "O mais difícil mesmo foi ficar vendo o meu namorado morto na minha frente. Aí não foi brincadeira, não. Um cabra bom daquele levar um pipoco e morrer desse jeito é muita sacanagem. Não merecia, não", afirmou a estudante, em entrevista por telefone ao jornal.

Tragédia

O crime aconteceu na tarde do dia 31 de janeiro, quando a jovem e o namorado, Osíris Del Corso, estavam em uma trilha no Morro do Boi e tentava chegar à Praia dos Amores. No caminho, os dois foram atacados. A moça contou aos bombeiros que, chegando à gruta da praia, por volta das 17h30, o agressor tentou abusar sexualmente dela.

Na tentativa de defendê-la, o namorado levou um tiro no peito e morreu. A moça foi atingida por um tiro nas costas e ficou caída no local, enquanto o agressor fugiu. Perto das 21 horas, segundo relatos da própria vítima aos bombeiros que a resgataram, o agressor voltou até o local do crime e a violentou. Os dois só foram localizados na tarde de domingo (1º). A jovem esperou por 18 horas na mata até ser resgatada.

A Polícia Civil divulgou na última terça-feira (10) o retrato falado do homem que seira o autor do crime. Ele autor do crime teria pele clara, cabelo preto com calvície, olhos castanhos escuros, altura entre 1,75 e 1,85 metro, peso entre 100 e 120 kg, considerado gordo, aproximadamente 30 anos de idade, rugas de expressão entre os olhos e poucas rugas de expressão na testa e nos cantos externos dos olhos, além de mãos grossas e passos lentos.

Ele estava bem vestido com uma camiseta amarela e uma bermuda e apresentava pelagem tanto nos braços quanto nas pernas. O criminoso apresentava sotaque do interior do Paraná, o que significa que provavelmente tenha vivido na região, embora a polícia acredite que ele seja morador do litoral. Ele é considerado intelectualmente fraco, sem rapidez de raciocínio, pela polícia, além de ter um tom de voz mediano, nem tão grave nem tão agudo.

O retrato falado foi feito com base nas conversas de policiais com a jovem, que permanece na UTI de um hospital em Curitiba. A primeira tentativa de fazer o retrato na sexta-feira (6) foi interrompida, pois ela se emocionou ao fazer a descrição do criminoso. Mais tarde, a equipe do Instituto de Criminalística conseguiu retomar a operação com sucesso. A jovem também reconheceu a camiseta amarela encontrada pelos policiais na trilha .

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