A estudante Geisy Arruda afirmou estar aberta a acordos para a ação por danos morais que move contra a Universidade Bandeirante (Uniban). A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (1º) ao chegar para a primeira audiência na 9ª Vara Cível do Fórum de São Bernardo do Campo, no ABC.
"É uma questão de sentar e conversar", afirmou Geisy ao chegar para primeira audiência da ação indenizatória. O valor de indenização proposto pelo advogado dela é R$ 1 milhão. "Não é uma questão de dinheiro, mas de justiça. Dinheiro nenhum no mundo vai apagar a dor que passei. Eu sou apontada até hoje como a garota do vestido, a meretriz da Uniban. Isso eu vou levar para sempre. Para mim é uma questão de superação", disse.
Além de Geisy, o juiz convocou 12 testemunhas. Seis delas não são obrigadas a comparecerem ao Fórum de São Bernardo, porque moram em outros municípios, mas todos os 12 se apresentaram para depor nesta manhã.
Geisy foi hostilizada pelos colegas de universidade em outubro de 2009, por utilizar um vestido rosa curto. Ela só conseguiu deixar a instituição com jaleco emprestado e escoltada pela Polícia Militar. As cenas foram gravadas por telefones celulares e amplamente divulgadas por sites na internet. A Uniban chegou a expulsá-la, mas voltou atrás.
Para advogado da Uniban, Geisy se beneficiou
O advogado da Uniban, Vicente Cascione, afirmou que não existe razão para a ação indenizatória que Geisy move contra a instituição. "O que está em cogitação não é a expulsão, que até caberia pelas atitudes que ela tomou. O que está em cogitação é ela dizer que teve danos morais, quando na verdade o que aconteceu só lhe trouxe benefício", afirmou. "O que aconteceu antes e depois de ter entrado com a ação é a demonstração de que ela não tem razão", completou o advogado.
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