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Versões sobre a presença de Eliza Samudio em sítio são desencontradas | Felipe O´Neill/Agência O Dia/AE
Versões sobre a presença de Eliza Samudio em sítio são desencontradas| Foto: Felipe O´Neill/Agência O Dia/AE
  • Bruno continua afastado e treina separado dos companheiros no Flamengo

São Paulo - A polícia mineira trabalha para reconstruir os últimos passos dados pela estudante Eliza Samudio, 25 anos. Duas testemunhas prestaram depoimento ontem na Delegacia de Homicídios de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Uma moradora do Condomínio Turmalina, em Esmeraldas, afirmou que viu Bruno Fernandes (goleiro do Flamengo), Eliza e um bebê no sítio, mas não lembra a data. A presença dos três no imóvel já havia sido citada por um amigo do goleiro aos investigadores anteontem. A outra testemunha afirmou que ouviu duas pessoas comentarem que o jogador teria pago R$ 70 mil para sumirem com o corpo. A conversa teria ocorrido em um bar de Ribeirão das Neves, cidade onde Bruno passou a infância e a adolescência.

Uma das hipóteses é de que a jovem foi morta no dia 10. Ela tentava provar, na Justiça, que Bruno, 25 anos, é pai do filho dela, um menino de 4 meses. "Minha lista de suspeitos tem um único nome: Bruno", afirmou o delegado Ed­­son Moreira, chefe do Departa­mento de Investigações de Minas Gerais. Como o corpo não foi encontrado, o caso é tratado como "desaparecimento com indícios de provável homicídio", segundo o delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida da polícia mineira. O policial disse, ainda, que Eliza pode ter sido mantida em cárcere privado. Os sequestradores teriam coagido a jovem a ligar para amigas no dia 9 e dizer que estava bem.

Dentro de 20 dias, a polícia deve saber se o material encontrado no carro e no sítio de Bruno é sangue humano. A amostra poderá ser comparada com o DNA do pai de Eliza. Os investigadores não têm certeza se o Land Rover do atleta transportou a moça morta. O veículo foi apreendido no dia 8, antes do último telefonema da vítima.

Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas no inquérito presidido pela delegada Alessandra Wilke. Segundo os depoimentos, antes de desaparecer, Eliza acreditava que faria as pazes com Bruno. Por telefone, no dia 4, ela disse a uma amiga que deixara o filho com o goleiro, que apresentaria a criança à família. A defesa de Bruno não retornou ligações da reportagem.

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