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| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Parana

A crise financeira continua impondo dificuldades ao maior hospital público do Paraná. Nesta terça-feira (23), a escassez de anestésicos e outros equipamentos obrigou o Hospital de Clínicas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a cancelar e a adiar temporariamente cirurgias agendadas para o período da tarde. A situação não é novidade na instituição. Em janeiro, medicamentos, luvas, álcool 70%, gazes e seringas eram alguns dos materiais que estavam em falta em setores do HC.

A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Paraná (Sinditest-PR), que aponta que a situação tem se tornado frequente na instituição. A coordenadora geral do sindicato, Carmen Moreira, afirma que a falta de infraestrutura está virando regra. “Todo setor está com dificuldades para atender aos pacientes”, diz.

O Sinditest encaminhou um ofício ao Ministério Público Federal com um levantamento de todo material que estava em falta no hospital no começo deste ano. “Estamos compilando novos relatos de escassez de medicamentos e equipamentos para complementar esse documento”, afirma Carmen.

HC aponta que houve falta pontual de alguns itens

O gerente de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas, Adonis Nasr, confirma que alguns procedimentos cirúrgicos foram cancelados nesta tarde devido à falta de alguns itens. “Houve uma escassez pontual devido ao transporte de alguns insumos. Por precaução, algumas cirurgias foram canceladas e outras suspensas temporariamente e reagendadas para esta quarta mesmo”, explica.

Nasr afirma ainda que janeiro foi o mês mais crítico com a falta de alguns insumos. “Hoje temos questões mais pontuais em que há estoque baixo”, diz.

Paralisação

O sindicato prepara para esta quarta-feira (24) uma paralisação de 24 horas no HC e também na Universidade Federal do Paraná e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Segundo Carmen, além da situação do preocupante do hospital, os funcionários irão protestar contra a Ebserh e contra a instauração do ponto eletrônico para servidores concursados – medida implantada em julho de 2015. O protesto, que faz parte de uma série de manifestações nacionais, também reivindica a jornada de 30 horas semanais.

Segundo a diretora do sindicato, o HC terá 30% do total dos trabalhadores atuando durante a paralisação para não interromper serviços considerados essenciais, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ao todo, o hospital possui 3,1 mil funcionários (380 da Ebserh, 853 terceirizados via Funpar e 1,9 mil concursados). Dos 670 leitos na instituição, 430 estão em uso, segundo o hospital.

Em relação à paralisação, o gerente de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas, Adonis Nasr, acredita que os serviços essenciais serão mantidos. “Temos que ver ainda como será a adesão à essa paralisação”, comenta.

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