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Secretaria vai fazer novo concurso em 2009

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informa que está finalizando a contratação de quase 1,4 mil novos policiais civis. "Foram 566 entre 2003/2004 e serão mais 821 até o fim do ano que vem (2009), fora a contratação dos 200 auxiliares de carceragem que ajudaram a liberar os policiais para suas atividades de investigação."

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Com um policial civil para cada 2.867,9 habitantes, o efetivo da Polícia Civil do Paraná é muito pequeno para a sua principal missão – desvendar crimes em 399 municípios. São 3.586 homens para atender 10.284.503 de habitantes. O quadro aumentou nos últimos anos, graças à volta de cerca de 360 aposentados e às 542 vagas abertas no último concurso público. Mas ainda é insuficiente diante das necessidades da população.

De acordo com um cálculo feito por sindicalistas, o Paraná precisaria ter mais 2.870 policiais civis, subindo o efetivo para 6.446 homens. O número "dos sonhos" para o estado é 10 mil policiais civis. "Temos menos policiais que há 20 anos, sem contar que o Paraná cresceu, as cidades cresceram. O ideal seria colocar mais 7 mil homens nas delegacias – atender a população e fazer as investigações. A quantidade de policiais traz segurança sim", diz Ademílson Antônio Alves Batista, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol).

A população do estado cresceu 34,8% entre os anos de 1980 e 2007, e a violência aumentou em Curitiba, na região metropolitana e em algumas das maiores cidades do interior nos últimos anos. Com isso, as delegacias estão superlotadas e as investigações, muitas vezes, são colocadas de lado porque é preciso usar o efetivo para cuidar de detentos.

Em Fazenda Rio Grande, por exemplo, cidade da região metropolitana de Curitiba com 75 mil habitantes, há centenas de inquéritos sem solução por falta de investigadores e escrivães, segundo o promotor de Justiça Paulo Conforto. "A situação não permite investigar todos os crimes. A prioridade é para os delitos com violência e grave ameaça." Ele explica que a falta de policiais obriga a deixar de lado a investigação de furtos, por exemplo.

Para virar o jogo, o governo do estado precisaria fazer todos os anos um concurso público. Segundo Wilson Villa, presidente da União da Polícia Civil (UPC), seria preciso contratar mil policiais por ano nos próximos sete anos, sem haver baixas por aposentadoria, morte ou pedido de demissão, para alcançar o efetivo de 10 mil policiais civis.

O último concurso público para policiais civis foi feito em 2007, com vagas para 44 delegados, 300 investigadores, 70 escrivães e 128 papiloscopistas (peritos em identificação). Os anteriores ocorreram em 2001, 1997, 1994, 1993, 1990, 1986, 1984, 1982, 1976 e 1973.

A falta de concursos afetou quase todas as delegacias e cidades do estado. "A Delegacia de Homicídios de Curitiba deveria ter dez equipes de investigação, 20 delegados e 20 escrivães por causa dos muitos homicídios que acontecem nos fins de semana. A outra saída seria reforçar os distritos, acabando com as delegacias especializadas. Isso seria melhor para a população, mas não há policiais suficientes para tomar essas medidas", diz Villa.

Para se ter ideia de como a Polícia Civil funciona no interior, Londrina, com população de 497.833 habitantes, tem uma equipe de 130 funcionários (policiais concursados – investigadores, escrivães e delegados – e estagiários). A cidade tem seis distritos e três delegacias especializadas.

Na rabeira

Segundo dados do Fórum Nacional de Segurança Pública, o Paraná só ganhou de dois estados no quesito efetivo versus população (veja quadro ao lado) no ano de 2006. O estado tinha um policial civil para cada 3.208 habitantes, superando apenas o Ceará (com um para cada 3.861,4) e o Maranhão (com um para cada 4.364,5 habitantes).

Em situação mais confortável, o Rio Grande do Sul tinha um policial civil para cada 2.141,3 habitantes; São Paulo, um para cada 1.391,4; e o Distrito Federal um para cada 444,8.

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