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Veja a entrevista do secretário de Segurança Pública no telejornal ParanáTV

Curitiba e os municípios da região metropolitana (RMC) somaram 22 mortes violentas ao longo do último fim de semana, entre as 20 horas de sexta-feira (14) e as oito horas desta segunda-feira (17). Os números foram obtidos com base em relatórios divulgados pelo Instituto Médico-Legal (IML) e levam em conta mortes provocadas por ferimentos de arma de fogo ou branca, e agressões físicas.

Do total, 11 mortes violentas foram registradas na capital. Dez casos ocorreram na região metropolitana, nos municípios de Fazenda Rio Grande (3), Pinhais (2), Colombo (1), Araucária (1), Rio Branco do Sul (1), Lapa (1) e Campina Grande do Sul (1). Um homicídio ocorreu em local não determinado pelo IML.

Em 18 casos, os assassinados foram causados por ferimentos de armas de fogo. Outras três mortes ocorreram por agressões físicas e uma, por ferimentos de arma branca.

Até as oito horas desta segunda-feira, 81 mortes violentas já haviam sido registradas em Curitiba e região metropolitana: um índice de 4,7 homicídios por dia. A capital é responsável por 37 casos ocorridos neste ano. Na região metropolitana, foram cometidos 32 assassinatos. Em 11 ocorrências, o IML não determinou o local. Na semana passada, entre os dias 7 e 10 de janeiro, a capital e RMC somaram 11 crimes fatais.

Casos

O último homicídio registrado no fim de semana ocorreu por volta das 5h30 desta segunda, quando o proprietário de um mercado foi encontrado morto dentro de casa. Anésio Pocai tinha 60 anos e foi assassinado com dois golpes de faca.

A residência da vítima é anexa ao mercado. A principal hipótese levantada pela polícia é de que os autores do assassinato tenham cometido para roubar. A residência foi revirada e um vizinho escutou gritos e viu dois homens fugindo a pé.

Em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana, Cláudio Luiz Barbosa, de 20 anos, foi assassinado por volta das 23 horas de domingo (16). O crime ocorreu na Rua Holanda, no bairro Nações, onde a vítima foi alvejada por cinco tiros. A polícia não soube explicar a motivação do crime.

Também no domingo, um homem de 35 anos foi assassinado a tiros, após discutir com quatro homens que teriam agredido o filho dele, de 14 anos. O crime ocorreu no Sítio Cercado, em Curitiba.

De acordo com a Polícia Militar (PM), Deamiro Lourenço foi atingido por um tiro. Instantes antes do crime, o filho dele teria passado pela Rua Baitaca em um automóvel Gol. Ele teria sido repreendido e agredido pelos quatro homens. A PM informou que o homem foi tirar satisfação com o grupo, quando foi assassinado.

Secretário diz que vai apostar em policiamento

O secretário de Estado da Segurança Pública (Sesp), Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho, afirmou, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC-TV, que vai apostar na ampliação do policiamento para reduzir os índices de criminalidade no Paraná. Como prioridades, Sobrinho mencionou "a repressão efetiva, a presença do policial nas ruas, o policiamento ostensivo e a agilidade da polícia investigativa e da polícia judiciária".

Para isso, o secretário afirmou que é necessária uma recomposição nos quadros das policias Civil e Militar. De acordo com Sobrinho, a Polícia Militar (PM) precisa de um efetivo 30% maior, chegando a 17 mil homens. Na avaliação da Sesp, a Polícia Civil necessita de mais 50% de homens em operação.

Para solucionar o problema da segurança pública no estado, Sobrinho afirma que vai dividir responsabilidades com os comandantes de unidades da PM e com chefes da Polícia Civil. De acordo com ele, a polícia vai trabalhar com metas baseadas nos índices de criminalidade.

Outros setores que merecerão atenção da Sesp é a população carcerária no estado e as regiões de fronteira. O secretário afirmou que haverá ênfase nas divisas com os estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo, e, sobretudo, nas fronteiras da costa Oeste do estado.

"Precisamos urgentemente resolver esse problema [o da segurança pública] no Paraná, porque não é possível, não é admissível que o Paraná, que é um estado organizado, de um povo ordeiro e trabalhador, um estado rico social e economicamente falando, ter os índices de criminalidade que tem", disse o secretário.

Sobrinho também comentou o decreto do governador Beto Richa (PSDB), que determina que todos os policiais que estão cedidos a outros órgãos retornem às unidades em que estão lotados. A determinação afeta o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), e responsável por investigações especiais, como de casos de corrupção. O secretário afirmou que tem respeito pelo MP e que sabe da importância do Gaeco e assegurou que o órgão não ficará sem policiais. "No momento seguinte, é óbvio que vamos analisar", disse.

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