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Aposentado, Pedro não viu incômodo para fazer o cadastro. E ainda elogiou o controle do sistema | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Aposentado, Pedro não viu incômodo para fazer o cadastro. E ainda elogiou o controle do sistema| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Araucária, na Região Metro­politana de Curitiba, implantou ontem o sistema de reconhecimento facial na bilhetagem eletrônica. Agora, todas as catracas do sistema estão operando na fiscalização dos usuários do transporte que possuem isenção de tarifa ao fotografá-los no momento em que validam o cartão. A novidade entraria em operação na última segunda-feira, mas um temporal afetou o sistema.

Na catraca, três fotografias do usuário são emitidas e comparadas com a imagem do cadastro. Se for detectada fraude, o cartão é bloqueado por 30 dias. Só ontem, primeiro dia do sistema, 50 usuários tiveram o cartão-transporte bloqueado. "Tem gente que veio para saber a razão do bloqueio. Quando viu as fotos do sistema, ainda disse que era montagem", conta Marli Maria Myers, supervisora de bilhetagem eletrônica. O sistema foi testado antes de ser implantado.

Segundo Sandro Martins, diretor-presidente da Com­panhia Municipal de Trans­porte Coletivo (CMTC), há 7,3 mil usuários isentos na cidade. Por mês, a prefeitura gasta de R$ 300 mil a R$ 400 mil para garantir o benefício. O problema é que muitos repassam o cartão para parentes, que usam o sistema sem pagar a passagem. A expectativa de Martins é de reduzir os custos em até 30%.

Foi determinado um índice de semelhança de 70% para o reconhecimento facial realizado pelo sistema. O usuário que não for identificado cai em um tipo de "malha fina" e um relatório é enviado para a CMTC. Depois de uma triagem feita pelo computador, dois funcionários verificam as fotografias dos usuários com suspeita de fraude.

Quem tiver o cartão suspenso precisa ir à CMTC. Se for reincidente na fraude, o usuário acumula mais 30 dias de suspensão além do que já havia cumprido. A prefeitura avalia se haverá algum outro tipo de punição.

Os usuários do sistema não reclamam. O aposentado Pedro da Luz Ferreira, de 82 anos, lembra que teve de ir até a sede da empresa para fazer as fotos de cadastro. "Não foi problema nenhum e é bom ter esse tipo de controle", diz.

No Paraná, esse tipo de tecnologia já é usada em Cascavel, no Oeste do estado. Lá, o sistema foi implantado em setembro de 2013.

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