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População rural sofre com a falta de ônibus escolares | Henry Milleo/Gazeta do Povo
População rural sofre com a falta de ônibus escolares| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Segundo uma estimativa da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), baseada no número de alunos transportados, o Paraná possui hoje uma frota formada por 6 mil veículos empregados no transporte escolar de alunos da zona rural. Entre os anos de 2008 e 2009, os municípios do estado compraram 296 ônibus do programa Caminho da Escola do governo federal, ao custo de R$ 44,3 milhões. Os números de 2010 ainda não foram consolidados. A Secretaria de Estado da Educação forneceu às prefeituras no ano passado, em regime de comodato, 1,1 mil ônibus, num investimento de R$ 133,3 milhões. Os novos veículos, no entanto, representam apenas 23,2% da frota circulante.

O presidente nacional da Undime, Carlos Eduardo Sanches, reconhece o esforço da secretaria estadual, mas afirma que a demanda é muito grande e que a introdução dos ônibus não renova a frota. Os ônibus dos dois programas foram projetados para circular em estradas lamacentas, rochosas e esburacadas, comuns na área rural. Mas, como nas terceirizações não existem condições técnicas incluídas nos critérios de contratação, os ônibus não são adaptados, e, por isso, são frequentes os casos de atolamento e defeitos mecânicos. (MGS)

"Quando chove, o ônibus não passa. Fora os outros dias em que quebra no caminho ou simplesmente não vem. Até por falta de combustível já chegou a ficar no meio do caminho", relata a secretária Ana Ivete Mantovani. A filha dela estuda no distrito de Novo Horizonte, em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do estado, e depende do veículo contratado pela prefeitura para percorrer os 12 quilômetros de casa à escola, onde cursa o ensino médio pela rede estadual. Segundo o auxiliar do setor de Infraestrutura e Transporte Escolar, Ingo Becker, até o fim do ano o problema estará resolvido. "A secretaria de Viação e Obras já foi acionada para cascalhar os dois pontos críticos. Resolvido isso, o ônibus não corre mais o risco de quebrar ou de não cumprir o trajeto por falta de condições da estrada", diz.

Conforme Sanches, como o dinheiro é curto, não é possível para os gestores municipais investirem na qualidade do serviço terceirizado. A aquisição dos ônibus amarelos do governo federal nem sempre é possível devido aos orçamentos municipais. A compra pode se dar por convênio, recursos próprios ou financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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