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Servidores também estão de braços cruzados no HC

Os servidores do Hospital de Clínica também estão em greve no hospital. A paralisação teve início no dia 20 de março, mas no dia 25 de abril os servidores retomaram o trabalho por decisão judicial. A greve recomeçou no dia 6 de maio.

De acordo com a assessoria de imprensa do HC, dos 1.958 servidores, 148 estão em greve. Por causa da paralisação, 40 leitos estão comprometidos no hospital: 4 leitos de UTI adulto, 8 do Centro de Terapia Semi Intensiva, 02 da UTI cardíaca, 4 leitos de cirurgia geral, 5 de neonatologia e 5 leitos para transplante de medula óssea. Além disso, 12 leitos de observação do pronto atendimento também estão fechados.

A reivindicação da categoria é a antecipação do reajuste de 5% previsto para 2015 ainda neste ano, criação de um piso salarial de três salários mínimos, que hoje está em R$ 724, e da data-base para a categoria. Os trabalhadores exigem também uma jornada de 30 horas semanais e a criação de creches nas universidades públicas, para atender aos filhos de servidores. (Kelli Kadanus, especial para a Gazeta do Povo)

Os trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) vão retomar a greve na próxima quarta-feira (4), a partir das 7 horas. A nova paralisação foi decidida em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (30), que, de acordo com o Sinditest-PR, representante da categoria, reuniu 200 funcionários.

Esta é segunda greve no ano deflagrada pelos trabalhadores do HC contratados via Funpar. No dia 19 de maio eles cruzaram os braços, mas interromperam o movimento um dia depois, após receberem propostas da UFPR durante reunião na Justiça do Trabalho. O Sinditest afirma que 50% dos 916 funcionários da Funpar continuarão com os trabalhos. Isso é reflexo de uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho para que os serviços considerados essenciais no HC não sejam interrompidos, sob risco de multa de R$ 30 mil diários.

A paralisação da próxima semana é motivada, principalmente, pela intenção da UFPR em integrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um órgão público criado em 2011 pelo Ministério da Educação (MEC) para assumir a gestão de 46 hospitais universitários do país. O sindicato teme que com uma eventual adesão – que precisa da aprovação do Conselho Universitário, todos os funcionários contratados pela Funpar sejam demitidos. A Reitoria da universidade já se posicionou afirmando que o contrato com a Ebserh será de cogestão e assumiu o compromisso da manutenção desses trabalhadores no quadro do hospital por pelo menos cinco anos.

No dia 20 de maio, a ação civil pública que prevê a demissão destes trabalhadores chegou a ser suspensa por 30 dias. O trato foi de que, nesse meio tempo, a UFPR teria de apresentar uma solução que crie novas vagas, mas também tente preservar os funcionários.

Na semana passada, a UFPR disse que iria propor a Ebserh para que fosse formalizado em contrato um prazo para que os funcionários da Funpar continuem atuando no Hospital de Clínicas.

Além do repúdio à integração do HC com a Ebserh, os trabalhadores também pedem a suspensão da ação civil pública das demissões por sete anos, e que a UFPR considere uma cláusula de aposentadoria que pede que, após estes sete anos, funcionários a menos de três anos de se aposentar não sejam demitidos.

O Sinditest notificou no início da tarde desta sexta-feira (30) a Reitoria da UFPR, a direção da Funpar e a direção do Hospital de Clínicas e solicitou que no máximo até segunda-feira (02) seja entregue as escalas de trabalho para que seja ajustado o modo de funcionamento do HC durante a greve.

No dia 5 de junho está programado um ato público contra a adesão da universidade e do HC à Ebserh. As atividades devem começar perto das 8h30 no pátio do prédio da Reitoria da UFPR.

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