Funcionários dos Correios decidem entrar em greve

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Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), do Paraná, decidiram pela greve, na noite desta quarta-feira (12), em assembléias realizadas em oito cidades paranaenses. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos, os funcionários da empresa que trabalham em Curitiba iriam seguir em passeata até a sede do Correios na capital paranaense, na Rua João Negrão, onde pretendem montar um acampamento nesta noite. A greve é por tempo indeterminado.

"Foram dois meses de negociações com a direção da empresa sem sucesso. Só nos restou optar pela paralisação das atividades", comentou Santos, em entrevista por telefone. Em nome dos carteiros, Santos declarou que cerca de 80% dos funcionários devem ficar parados a partir desta quinta-feira (13). Além de Curitiba, foram realizadas assembléias da categoria em Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Maringá, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Pato Branco. Ainda de acordo com o sindicato, cerca de 600 trabalhadores participaram da assembléia na capital.

Reajuste

Na terça-feira (11), a direção dos Correios apresentou uma contraproposta aos funcionários, que foi considerada "inaceitável", oferecendo um reajuste de 3,74%, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400 parcelado em duas vezes. A direção da empresa também estaria querendo tirar alguns direitos conquistados, como o auxílio-creche para crianças de seis anos e a assistência médica para pais e mães. Os trabalhadores reivindicam R$ 200 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais que, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77%.

As discussões entre empregador e empregados tiveram início em julho, quando a categoria entregou à direção nacional dos Correios a pauta de reivindicações. A data-base da categoria é estabelecida em 1º de agosto. Caso a paralisação aconteça, cerca de 1,8 milhão de correspondências por dia devem deixar de ser entregues no Estado.